in Jornal Público, 11 de Março, 2010
"Lino Ferreira alerta que a melhoria da mobilidade no Grande Porto exige também grandes alterações na rede de transportes
"Lino Ferreira alerta que a melhoria da mobilidade no Grande Porto exige também grandes alterações na rede de transportes
O presidente da Comissão Executiva da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Lino Ferreira, defendeu ontem que melhorar a mobilidade no Grande Porto depende de grandes alterações não só ao nível da rede de transportes, mas também de planeamento. "É preciso criar uma rede entre as cidades da Área Metropolitana do Porto (AMP) e isso implica grandes alterações na rede de transportes e no planeamento. Devemos caminhar para espaços urbanos autos-suficientes, com escolas, espaços de lazer e espaços verdes", sustentou Lino Ferreira, numa conferência sobre Mobilidade - a última do ciclo Energia, Ambiente e Sustentabilidade, promovida pelo semanário Grande Porto.
Alertando que a criação de zonas residenciais distantes dos locais de trabalho gerou grandes fluxos de tráfego na cidade, Lino Ferreira considerou que a "revolução" a fazer nesta área deve também envolver a universidade. No entanto, em causa não estão só os especialistas de Engenharia, mas também os de Planeamento Urbano e de Estudos Sociais. O responsável acha que os concelhos da AMP "têm condições para potenciar a locomoção em transportes públicos", mas para isso é preciso "um projecto colectivo de valorização do espaço público e envolvimento do tecido social". Acima de tudo, diz, é preciso persistência: "A mobilidade sustentada precisa de medidas continuadas e de perseverança, mesmo se não houver resultados a curto prazo".
Lino Ferreira criticou a falta de parques de estacionamento periféricos para os utilizadores do metro e alertou que "a complementaridade entre os diversos operadores de transportes está muito longe do desejável", em parte por culpa da "falta de locais de interface". A este nível, a resposta poderá estar na entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT), em relação à qual o ministro das Obras Públicas e a junta anunciaram anteontem que vão tentar, nos próximos 30 dias, encontrar um presidente de consenso, esperando que possa iniciar funções dentro de dois meses. Lino Ferreira lembra que, entre outras atribuições, a AMT "deverá promover reuniões para parcerias entre operadores públicos e privados" de transportes.
Presente na assistência, o ex-ministro das Obras Públicas e presidente da Assembleia Municipal do Porto, Valente de Oliveira, defendeu ainda que devia haver uma aposta maior no projecto do metro do Porto. "Os transportes públicos dentro da cidade são a resposta. Faz falta uma aposta mais determinada do metro. A optimização da rede é uma coisa que se impõe", afirmou.
João Marrana, da Empresa do Metro do Porto, notou que "o grande benefício" deste meio de transporte "está associado ao aumento de qualidade de vida dos moradores da AMP", até porque a sua entrada em funcionamento permitiu que retirar da circulação diária da região "11 mil automóveis"."
Alertando que a criação de zonas residenciais distantes dos locais de trabalho gerou grandes fluxos de tráfego na cidade, Lino Ferreira considerou que a "revolução" a fazer nesta área deve também envolver a universidade. No entanto, em causa não estão só os especialistas de Engenharia, mas também os de Planeamento Urbano e de Estudos Sociais. O responsável acha que os concelhos da AMP "têm condições para potenciar a locomoção em transportes públicos", mas para isso é preciso "um projecto colectivo de valorização do espaço público e envolvimento do tecido social". Acima de tudo, diz, é preciso persistência: "A mobilidade sustentada precisa de medidas continuadas e de perseverança, mesmo se não houver resultados a curto prazo".
Lino Ferreira criticou a falta de parques de estacionamento periféricos para os utilizadores do metro e alertou que "a complementaridade entre os diversos operadores de transportes está muito longe do desejável", em parte por culpa da "falta de locais de interface". A este nível, a resposta poderá estar na entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT), em relação à qual o ministro das Obras Públicas e a junta anunciaram anteontem que vão tentar, nos próximos 30 dias, encontrar um presidente de consenso, esperando que possa iniciar funções dentro de dois meses. Lino Ferreira lembra que, entre outras atribuições, a AMT "deverá promover reuniões para parcerias entre operadores públicos e privados" de transportes.
Presente na assistência, o ex-ministro das Obras Públicas e presidente da Assembleia Municipal do Porto, Valente de Oliveira, defendeu ainda que devia haver uma aposta maior no projecto do metro do Porto. "Os transportes públicos dentro da cidade são a resposta. Faz falta uma aposta mais determinada do metro. A optimização da rede é uma coisa que se impõe", afirmou.
João Marrana, da Empresa do Metro do Porto, notou que "o grande benefício" deste meio de transporte "está associado ao aumento de qualidade de vida dos moradores da AMP", até porque a sua entrada em funcionamento permitiu que retirar da circulação diária da região "11 mil automóveis"."
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