"Câmara do Funchal vai reflorestar 250 hectares do seu Parque Ecológico
in Jornal Público, 29.04.2010
Lusa
in Jornal Público, 29.04.2010
Lusa
A Câmara do Funchal vai reflorestar 250 hectares do seu Parque Ecológico com espécies nativas. O projecto quer ajudar a proteger a baixa da cidade das cheias e já recebeu o apoio de 35 empresas.
O projecto da autarquia pretende, em dois anos, reflorestar a ribeira de Santa Luzia, “uma daquelas que veio a causar danos muito graves no Funchal a 20 Fevereiro, por ocasião de chuvas intensas”, explicou o vereador responsável pelo pelouro do Ambiente do município.
Costa Neves salientou que a vertente esquerda da cabeceira da ribeira "está desarborizada, o que contribuiu para o carácter torrencial da ribeira em períodos de chuva intensa".
Terminada "toda esta acção de reflorestação do Funchal fica mais defendido em caso de chuvas intensas ou fortes porque a ribeira de Santa Luzia é muito grande e atravessa a cidade", destacou.
O projecto contará com a participação da Universidade da Madeira para promover as espécies de flora autóctones.
Trinta e cinco empresas vão dar dez mil euros cada uma
O projecto de reflorestação já recebeu o apoio de 35 empresas, contribuindo cada uma com dez mil euros.
O município apresentou uma candidatura "orçamentada em dois milhões de euros" para beneficiar de um apoio comunitário na ordem dos 85 por cento, no âmbito do programa PRODERAM.
"Fez-se uma ronda por uma série de empresas associadas do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável em Portugal e cada uma delas contribuiu com dez mil euros, valor que ultrapassa a dotação que a câmara tinha que colocar à disposição deste projecto", disse o responsável.
Amanhã terá lugar no Parque Ecológico do Funchal a cerimónia de entrega simbólica deste contributo, uma iniciativa que contará com a presença de representantes das 35 empresas nacionais e multinacionais apoiantes, além da celebração de um protocolo com a Universidade da Madeira para que a reflorestação daquela área aconteça apenas com espécies indígenas.
O Parque Ecológico do Funchal foi um projecto desencadeado em 1994 pela câmara da capital madeirense, no âmbito de uma política de reflorestação das áreas de montanha do concelho que visa travar a erosão dos solos, reter a precipitação e devolver um coberto vegetal indígena. Presentemente cobre uma área aproximada 1012 hectares, 190 dos quais já estão reflorestados, tendo sido plantados cerca de 200 mil árvores e arbustos indígenas."
O projecto da autarquia pretende, em dois anos, reflorestar a ribeira de Santa Luzia, “uma daquelas que veio a causar danos muito graves no Funchal a 20 Fevereiro, por ocasião de chuvas intensas”, explicou o vereador responsável pelo pelouro do Ambiente do município.
Costa Neves salientou que a vertente esquerda da cabeceira da ribeira "está desarborizada, o que contribuiu para o carácter torrencial da ribeira em períodos de chuva intensa".
Terminada "toda esta acção de reflorestação do Funchal fica mais defendido em caso de chuvas intensas ou fortes porque a ribeira de Santa Luzia é muito grande e atravessa a cidade", destacou.
O projecto contará com a participação da Universidade da Madeira para promover as espécies de flora autóctones.
Trinta e cinco empresas vão dar dez mil euros cada uma
O projecto de reflorestação já recebeu o apoio de 35 empresas, contribuindo cada uma com dez mil euros.
O município apresentou uma candidatura "orçamentada em dois milhões de euros" para beneficiar de um apoio comunitário na ordem dos 85 por cento, no âmbito do programa PRODERAM.
"Fez-se uma ronda por uma série de empresas associadas do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável em Portugal e cada uma delas contribuiu com dez mil euros, valor que ultrapassa a dotação que a câmara tinha que colocar à disposição deste projecto", disse o responsável.
Amanhã terá lugar no Parque Ecológico do Funchal a cerimónia de entrega simbólica deste contributo, uma iniciativa que contará com a presença de representantes das 35 empresas nacionais e multinacionais apoiantes, além da celebração de um protocolo com a Universidade da Madeira para que a reflorestação daquela área aconteça apenas com espécies indígenas.
O Parque Ecológico do Funchal foi um projecto desencadeado em 1994 pela câmara da capital madeirense, no âmbito de uma política de reflorestação das áreas de montanha do concelho que visa travar a erosão dos solos, reter a precipitação e devolver um coberto vegetal indígena. Presentemente cobre uma área aproximada 1012 hectares, 190 dos quais já estão reflorestados, tendo sido plantados cerca de 200 mil árvores e arbustos indígenas."
"Jardins da Madeira visitados por quase três milhões de pessoas na última década
in Jornal Público, 30.04.2010
Tolentino de Nóbrega
in Jornal Público, 30.04.2010
Tolentino de Nóbrega
Nos últimos dez anos, entre 2000 e 2009, mais de 2,8 milhões de pessoas visitaram o Jardim Botânico da Madeira, que hoje cumpre 50 anos.
Neste jardim fundado a 30 de Abril de 1960 pelo engenheiro Rui Vieira, entram cerca de 345 mil indivíduos por ano, ou seja, mais 100 mil que a população residente neste arquipélago.
Em 2008, os três principais jardins do Funchal - Jardim Botânico Eng.º Rui Vieira, Quinta do Palheiro Ferreiro e o Jardim Tropical Monte Palace - registaram 583.583 entradas pagas. Segundo um estudo do geógrafo Raimundo Quintal, 57,6 por cento destas entradas são de turistas registados na Madeira. "Isto revela a grande importância do garden tourism [turismo de jardins] como nicho na oferta turística da região. É porque nem o golfe ou o Parque Temático de Santana geram tanta riqueza", conclui o mesmo especialista. No estudo que apresentou num congresso internacional, sobre "a importância dos jardins como nicho turístico na Madeira", o geógrafo madeirense assinala que no Reino Unido, a partir de 1990, os jardins e as exposições do National Trust, do English Heritage, do National Gardens Scheme e da Royal Horticultural Society registaram um forte aumento de visitantes. Evocando a tradicional paixão dos ingleses - principal mercado desta ilha onde construíram quintas ajardinadas - pelas plantas, e o número crescente de programas televisivos sobre botânica e jardinagem, o investigador não tem dúvidas em considerar "um sucesso o crescimento deste nicho de turismo na última década do segundo milénio e nos primeiros anos do século XXI".
Cerca de 60 por cento das entradas na Quinta do Palheiro Ferreiro foram de turistas individuais e 40 por cento de grupos organizados por agências de viagens. No Jardim Tropical Monte Palace o peso das visitas individuais foi muito maior, atingindo 90 por cento. Já no Jardim Botânico os grupos organizados corresponderam a 34 por cento das visitas pagas.
A maioria dos visitantes procura os jardins como espaços de lazer, fixando a atenção nas árvores monumentais, nos recantos mais atraentes e nas flores vistosas. Uma faixa mais restrita escolhe o destino Madeira para aprofundar o saber em botânica, floricultura, jardinagem ou paisagismo.
Presentemente com 23 jardins na sua capital, a ilha da Madeira possui património capaz de catapultá-la para um nível mais alto no mercado, frisa Quintal. Para atingir esse desiderato terá de haver uma rede de jardins, públicos e privados, de qualidade que garanta, pelo menos, uma semana de visitas diversificadas do ponto de visita botânico, paisagístico e histórico.
Para atrair mais turistas aos seus jardins, a Madeira precisa, na opinião daquele investigador, de criar uma rede de jardins de elevada qualidade; preparar os jardins para acolher famílias; discriminar positivamente os jardins de excepcional riqueza; associar a promoção da Festa da Flor a programas de visitas; aproveitar as condições atmosféricas para fazer cursos sobre plantas ornamentais e jardinagem ao ar livre durante todo o ano. Para atrair turistas no Inverno "é fundamental transmitir de forma muito impressiva a imagem dos jardins da ilha, criando mais sítios na Internet com o objectivo de convencer os amantes dos jardins que a Primavera passa o Inverno na Madeira", conclui o geógrafo."
Fontes e imagem:
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1434611
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1434778
Neste jardim fundado a 30 de Abril de 1960 pelo engenheiro Rui Vieira, entram cerca de 345 mil indivíduos por ano, ou seja, mais 100 mil que a população residente neste arquipélago.
Em 2008, os três principais jardins do Funchal - Jardim Botânico Eng.º Rui Vieira, Quinta do Palheiro Ferreiro e o Jardim Tropical Monte Palace - registaram 583.583 entradas pagas. Segundo um estudo do geógrafo Raimundo Quintal, 57,6 por cento destas entradas são de turistas registados na Madeira. "Isto revela a grande importância do garden tourism [turismo de jardins] como nicho na oferta turística da região. É porque nem o golfe ou o Parque Temático de Santana geram tanta riqueza", conclui o mesmo especialista. No estudo que apresentou num congresso internacional, sobre "a importância dos jardins como nicho turístico na Madeira", o geógrafo madeirense assinala que no Reino Unido, a partir de 1990, os jardins e as exposições do National Trust, do English Heritage, do National Gardens Scheme e da Royal Horticultural Society registaram um forte aumento de visitantes. Evocando a tradicional paixão dos ingleses - principal mercado desta ilha onde construíram quintas ajardinadas - pelas plantas, e o número crescente de programas televisivos sobre botânica e jardinagem, o investigador não tem dúvidas em considerar "um sucesso o crescimento deste nicho de turismo na última década do segundo milénio e nos primeiros anos do século XXI".
Cerca de 60 por cento das entradas na Quinta do Palheiro Ferreiro foram de turistas individuais e 40 por cento de grupos organizados por agências de viagens. No Jardim Tropical Monte Palace o peso das visitas individuais foi muito maior, atingindo 90 por cento. Já no Jardim Botânico os grupos organizados corresponderam a 34 por cento das visitas pagas.
A maioria dos visitantes procura os jardins como espaços de lazer, fixando a atenção nas árvores monumentais, nos recantos mais atraentes e nas flores vistosas. Uma faixa mais restrita escolhe o destino Madeira para aprofundar o saber em botânica, floricultura, jardinagem ou paisagismo.
Presentemente com 23 jardins na sua capital, a ilha da Madeira possui património capaz de catapultá-la para um nível mais alto no mercado, frisa Quintal. Para atingir esse desiderato terá de haver uma rede de jardins, públicos e privados, de qualidade que garanta, pelo menos, uma semana de visitas diversificadas do ponto de visita botânico, paisagístico e histórico.
Para atrair mais turistas aos seus jardins, a Madeira precisa, na opinião daquele investigador, de criar uma rede de jardins de elevada qualidade; preparar os jardins para acolher famílias; discriminar positivamente os jardins de excepcional riqueza; associar a promoção da Festa da Flor a programas de visitas; aproveitar as condições atmosféricas para fazer cursos sobre plantas ornamentais e jardinagem ao ar livre durante todo o ano. Para atrair turistas no Inverno "é fundamental transmitir de forma muito impressiva a imagem dos jardins da ilha, criando mais sítios na Internet com o objectivo de convencer os amantes dos jardins que a Primavera passa o Inverno na Madeira", conclui o geógrafo."
Fontes e imagem:
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1434611
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1434778
Sem comentários:
Enviar um comentário