Qualidade do ar no Porto melhorou mas em Lisboa mantêm-se os problemas

in Jornal Público, 19.09.2009

"A qualidade do ar melhorou no Porto nos últimos dois anos, face a 2006 e 2007, mas em Lisboa manteve-se com elevadas concentrações de poluentes, revela uma análise dos ambientalistas da Quercus, ontem divulgada.
Os níveis do poluente "partículas inaláveis", registados nas estações que medem a qualidade do ar, levam a associação ambientalista a concluir que "o panorama dramático que se viveu em 2006 e 2007 no Norte do país melhorou substancialmente em 2008 e 2009". Mas na região de Lisboa e Vale do Tejo, realça a Quercus, "mantiveram-se" os problemas de qualidade do ar registados naqueles anos, apenas com algumas melhorias nas estações de Entrecampos, em Lisboa, de Cascais e nas estações de Setúbal.
"A nova estação de monitorização da qualidade do ar que este ano entrou em funcionamento em Santa Cruz de Benfica está a registar níveis de poluição semelhantes aos da Avenida da Liberdade, em Lisboa, de Espinho e de Vila do Conde, as três piores do país em termos de registos do poluente 'partículas inaláveis'", dizem os ambientalistas.
A Quercus lembra que as partículas inaláveis (PM10) são consideradas um dos poluentes que actualmente têm efeitos mais graves na saúde pública pelas concentrações registadas, dado que causam ou agravam problemas respiratórios agudos e crónicos, transportando outros poluentes, alguns deles carcinogénicos, diminuindo a esperança de vida das populações.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, os dados revelam que no ano passado as quatro estações que medem a qualidade do ar ultrapassaram o limite máximo de excedências diárias de partículas inaláveis: Avenida da Liberdade, Lisboa, com 80 dias em excesso; Seixal, Paio Pires, com 63 dias em excesso; Barreiro, Escavadeira, com 46 dias em excesso; e Barreiro, Alto Seixalinho, com 42 dias em excesso.
Embora ainda a mais de três meses do fim do ano, estes mesmos locais voltaram a ultrapassar, em 2009, o número máximo de dias com ultrapassagem (limite de 35 dias por ano), com a nova estação de monitorização de Santa Cruz de Benfica a registar, até à data, 56 dias em excesso. "As causas são, em todos os casos, o tráfego rodoviário, sendo que a indústria também deverá ser responsável por um contributo para estas excedências nos casos do Seixal e Barreiro", refere a Quercus. Lusa"

Fonte:
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/19-09-2009/qualidade-do-ar-no-porto-melhorou--mas-em-lisboa-mantemse-os-problemas-17845250.htm

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