Plano de Mobilidade Pedonal da Covilhã

A cidade da Covilhã tem um programa exemplar de promoção da mobilidade pedonal, da autoria do Arq. Nuno Teotónio Pereira.
Esta ponte é uma das obras que materializam este plano, em conjunto com o elevador de Stº André, em funcionamento há vários anos, e muitos outros que lhe seguirão.
O paradigma da mobilidade urbana está a mudar e a Covilhã está na vanguarda da promoção da mobilidade pedonal.
O elevador de Stº André é grátis, e pretende-se que os outros também o sejam. Este será um modo de concorrer com o automóvel.
Com a implementação do Plano de Mobilidade Pedonal, os Covilhanenses poderão deixar o carro em casa e percorrer a cidade a pé, com ajuda mecânica nos trechos mais difíceis.
A revista Travel & Leisure considerou a Ponte Pedonal da Carpinteira um dos  oito destinos mundiais de design, tendo publicado no seu sítio o seguinte texto:.
"World's Coolest Design Destinations
Pedestrian Bridge in Covilhã
High-style pedestrian bridges are popping up all over: an epic example now spans the Hudson River at Poughkeepsie, New York, and residents of Copenhagen are looking forward to next year’s completion of the Cirkelbroen. But the most impressive of all may be in Covilhã, Portugal, where Lisbon-based minimalist architect João Luis Carrilho da Graça’s walkway zigzags high above the Carpinteira river valley."

Imagem:
Jornal do Fundão
Fonte:

Prédios vivos e corredores ecológicos em Lisboa

As pequenas grandes iniciativas
(Por BiodiverCidades, 5 Janeiro 2011)

"Nestes contextos e em muita documentação e literatura já produzida, existem muitas razões para valorizar as áreas verdes de excelência em Lisboa, como o Parque Eduardo VII, Monsanto, o Botânico e vários outros jardins de pequena  e média dimensão, no entanto subvaloriza-se muito o fundamental papel que tem os quintais dos privados na antiga estrutura dos prédios de Lisboa, com os quintais no interior de cada quarteirão.

Em tempos estes quintais foram predominantemente hortas, depois passaram na maioria a baldios ao abandono e actualmente convertem-se em terraços impermeabilizados, garagens ou anexos de habitação,

Neste processo a biodiversidade em Lisboa perde a possibilidade de se deslocar entre cada um  dos jardins principais, criando o referido no inicio, de processo de fragmentação em que começam a acontecer pequenas ilhas de biodiversidade sem contactos entre as populações residentes.

Este processo de ilha para alem da diminuição de área útil disponível, cria fenómenos de limitações no contacto entre as populações de várias espécies existentes, o que para alem de outros problemas pode interferir na saúde das ditas populações por exemplo na consanguinidade nos processos de acasalamento e reprodução.

O que muitos ignoram, é que coisas tão simples como colocar 4 ou 5 vasos com arbustos numa varanda (tipo um medronheiro, um zambujeiro, uma alfazema, um alecrim, ou simplesmente umas flores e aromáticas) e se for feito de uma forma generalizada, cria os determinantes pontos de transição entre espaços. Como se num rio largo e profundo existissem rochas a cada metro, para podermos saltar de uma para outra sem mergulhar. Neste caso, para aves e insectos em geral cria-se uma alternativa.


Por outro lado e quando se trata de répteis ou mamíferos, com menor capacidade de deslocação, os pequenos quintais tornam-se fundamentais para a dispersão e intercâmbio de populações.



Um pequeno quintal com meia dúzia de árvores (desde que as certas) mais meia dúzia de arbustos e uns canteiros, com meia dúzia de truques e tolerância humana, pode-se converter não só num óptimo local de passagem como inclusive o local de habitação, desde que estruturado de forma correcta o habitat."




Fonte e imagens:

Petição Alteração do Código da Estrada reforçando direitos de ciclistas e peões

"Advertência: esta petição esteve anteriormente alojado noutro servidor que ficou inoperacional. Como ainda não dispomos das 4000 assinaturas necessárias o texto transita para este endereço. Se já assinou anteriormente não assine agora. De qualquer modo agradecemos a sua divulgação.

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Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República,

Os abaixo signatários vêm, no exercício do DIREITO DE PETIÇÃO, expor e requerer o seguinte:

1. Portugal tem assistido, nos últimos anos, a um aumento significativo da utilização da bicicleta em actividades de lazer, mas também como modo de transporte quotidiano.

2. Assim, a bicicleta não pode ser encarada apenas como mero equipamento desportivo ou recreativo, mas antes como um normal modo de transporte que deve ser incentivado enquanto alternativa socialmente responsável às pequenas deslocações de automóvel, sobretudo numa altura em que urge reduzir a dependência da energia fóssil e a emissão de gases com efeitos de estufa.

3. Verifica-se, presentemente, em toda a União Europeia (UE), uma preocupação crescente em fomentar o uso da bicicleta tornando-se, assim, fundamental, o estabelecimento de regras adequadas como forma de redução dos potenciais riscos a que estão sujeitos os ciclistas.

4. Todavia, o Código da Estrada português, ao contrário das legislações congéneres de outros estados-membros da UE, não protege o ciclista, contendo até normas que encorajam comportamentos de risco por parte de outros utilizadores da via pública, designadamente os automobilistas.

5. Impõe-se, pois, a alteração dessas normas do Código da Estrada, como aliás foi reconhecido na última Legislatura por todos os partidos com assento na Assembleia da República, designadamente através da Resolução nº 80/2009, que recomenda ao Governo que proceda a alterações no Código da Estrada, reforçando os direitos de ciclistas e peões.

6. Tal desiderato corresponde, de resto, a uma necessidade de convergência legislativa apontada pela UE e recomendada pela Conferência Europeia dos Ministros de Transportes e pelo Comité Económico-Social Europeu.

7. Esta é, aliás, uma forma de cumprir a “Carta Europeia de Segurança Rodoviária”, que aponta para a tomada de medidas tendentes à redução do elevado número de vítimas da sinistralidade rodoviária, e o próprio preâmbulo do actual Código da Estrada que nota a necessidade de proteger os utilizadores mais vulneráveis.

8. Importará, consequentemente, que o Código da Estrada português possa convergir com as demais legislações congéneres de outros estados-membros da UE nas matérias relacionadas com a circulação de velocípedes, modificando o seu articulado no que respeita à segurança dos ciclistas.

Em face do acima exposto, os signatários desta petição vêm requerer à Assembleia da República, no âmbito das suas competências constitucionais, a tomada das iniciativas legislativas necessárias com vista à alteração do Código da Estrada (Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro) por forma a aumentar a segurança rodoviária dos ciclistas e, consequentemente, de todos os utilizadores da via pública."

Hortas Comunitárias

"Crise fez aumentar hortelões no jardim do Museu do Traje

13 Janeiro 2011
A situação de crise económica actual fez disparar o número de pessoas interessadas em adquirir talhões do jardim do Museu Nacional do Traje, no Lumiar, em Lisboa, para ali cultivarem couves e outras variedades hortícolas destinadas à alimentação. A informação foi fornecida por Rui Costa, o arquitecto responsável pelos jardins do museu, referindo, no entanto, que outras pessoas cultivam ali apenas por prazer. Todos os 30 talhões, que abrangem uma área total de 3000 metros quadrados, foram adquiridos por um ano e perante licitações, a mais baixa de 80 cêntimos e a mais elevada de 2,50 euros por metro quadrado. Ao longo daqueles terrenos encontram-se muitas culturas diferentes e são variados os métodos utilizados por estes hortelões amadores. As couves marcam presença em quase todos os talhões, mas também há feijão, alface, ervas aromáticas, favas, alhos ou brócolos. Nesta horta, que não pode estar vedada e é visitável por quem passeia nos jardins do Museu do Traje, os hortelões têm de seguir determinadas normas e obedecer a regras predefinidas."
Fonte:
"Cidadãos criam espaço para agricultura não convencional no centro do Porto
17.01.2011
Mariana Correia Pinto



Movimento pretende aproveitar terrenos abandonados para fazer agricultura sem recurso a químicos. Qualquer pessoa pode cultivar um lote no centro do Porto. Sem qualquer custo.
Encontrar terrenos abandonados nos quais se possam desenvolver projectos de agricultura sem recurso a produtos químicos. Numa frase, talvez seja esta a melhor forma de definir o projecto Quinta Musas da Fontinha, que arrancou sábado e que juntou cerca de 40 pessoas só no primeiro dia.

A ideia de Francisco Flórido, membro do movimento Terra Solta e mentor do projecto, é simples: encontrar terrenos para distribuir lotes de terra agricultável no centro do Porto. Tudo sem submissão a qualquer tipo de "lógica economicista", nota Francisco Flórido, um engenheiro agrónomo para quem a grande vantagem deste projecto é provar que o "espírito cooperativo entre cidadãos pode funcionar".

Na Rua do Bonjardim, no Porto, foram já distribuídos os primeiros 11 lotes (que têm entre 25 e 75 metros quadrados). Os terrenos são geralmente privados, mas estão abandonados ou sem qualquer utilidade. "O que propomos ao proprietário é uma espécie de contrato de comodato", explica o engenheiro agrónomo. "As pessoas cedem-nos o terreno e, em troca, comprometemo-nos a mantê-lo limpo e produtivo." A única obrigação assumida por quem cultivar o lote é utilizar técnicas que respeitem a agricultura biológica, biodinâmica ou permacultura.

A ideia parece ter pegado: no sábado, entre associações ambientais, sociais e recreativas e participantes a título individual (apareceram casais desde os 30 aos 70 anos), passaram cerca de 40 pessoas pela Associação Musas da Fontinha, que cedeu o principal terreno para o projecto (com 400 metros quadrados). Nem todas estavam interessadas em adquirir lotes e esse foi um dos pontos que mais impressionou Francisco Flórido: "Houve gente que apareceu só para ajudar." E ajudar significou sobretudo meter mãos à obra e limpar terreno - a primeira das etapas do processo.

Cada um levava o que tinha - moto-serra, luvas, sementes - e todos iam participando. "Criámos uma comunidade em autogestão", orgulhou-se o mentor do projecto.

As linhas de acção e as regras não estão completamente definidas, mas há muitas ideias no ar: criar espaços para a preservação de fauna e flora natural, lagos, um forno de adobe (barro), limpar o poço existente no terreno, integrar animais (abelhas incluídas) no espaço para melhorar o ecossistema, criar periodicamente feiras para venda de alguns produtos, são algumas delas. E ainda organizar workshops sobre agricultura sustentável do ponto de vista ambiental.

A entrada para o terreno faz-se pelo n.º 998 da Rua do Bonjardim, a sede da Musas. É também lá - e através do e-mail da associação Terra Solta - que os interessados podem obter mais informações sobre o projecto.

A ideia agora é ir desbravando terreno adjacente: um dos vizinhos do Musas já cedeu a sua propriedade (90 metros quadrados, destinados à Associação Vida Alternativa) e acredita-se que outros poderão seguir o mesmo caminho. "O espaço onde estamos agora já esteve abandonado e, depois de muito trabalho, conseguimos fazer agricultura aqui. É isso que pretendemos que aconteça aos outros terrenos", explicou Hugo Sousa, da Associação Musas da Fontinha.

Há todo um processo de "transferência de saberes" que interessa particularmente a Hugo Sousa. E as diferentes associações que foram comparecendo ao longo de sábado sugerem que essa tarefa não será complexa. A Associação Colectivo Germinal, por exemplo, que trabalha com crianças desfavorecidas, já "arrendou" um espaço com objectivo bem definido: fazer hortas pedagógicas para os mais novos. É um "ponto de partida", diz Francisco Flórido, para quem está demontrado que as hortas urbanas também suscitam interesse no Porto, apesar de esta cidade ainda mal ter acordado para a tendência.""
Fonte:
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1475683
Imagem:
http://www.calgarygardenpath.ca/Main/TheShire

À Procura de Pancho


A Procura De Pancho from Nicolaas van Reenen on Vimeo.

"Set mainly in Maputo, A Procura de Pancho (Looking for Pancho) is an experimental mix of animation, illustration and live action that follows the journey of a solitary student who has come to the city to explore the vibrant work of architect and artist Pancho Guedes.

Director & Editor: Christopher Bisset
Cinematographer: Ross Hillier
Starring: Stephen Hitchcock
Music: Bateleur"