Politécnico de Leiria incentiva partilha de veículos e o uso de bicicletas

Por Alexandra Barata
"A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria está a desenvolver um projecto destinado a reduzir os impactos ambientais decorrentes dos hábitos de mobilidade dos estudantes, através do incentivo da partilha do automóvel e da utilização de bicicletas.

A partir de hoje, os alunos do instituto terão à sua disposição, a título gratuito, seis bicicletas no campus 2, onde se localiza a ESTG e a Escola Superior de Saúde, e mais seis nas residências, junto ao edifício sede do politécnico. A segunda fase do Biclis, que será apresentada hoje, pelas 17h, no auditório 1 da ESTG, insere-se no âmbito do projecto Students Today and Citizens Tomorrow.

"O projecto tem como principal objectivo a mudança de atitudes dos principais responsáveis pela introdução de políticas de mobilidade e transportes", explica um comunicado do instituto. Para tal, a instituição aponta para a "necessidade do seu envolvimento na manutenção e promoção de hábitos sustentáveis". Deste projecto, resultou a criação da Biclis e a aplicação do Gotocampus, que consiste no incentivo à partilha de automóveis entre os elementos da comunidade académica. As pessoas interessadas em participar no projecto só têm de solicitar ou oferecer boleia a alunos, docentes e funcionários do campus 2 através do site http://gotocampus2.ipleiria.pt.

Além de se pretender estimular a prática de exercício físico através da utilização das bicicletas, estes projectos contribuem ainda para a redução da emissão de dióxido de carbono e para a diminuição dos custos das deslocações dos utilizadores do campus 2."



Fonte:
http://jornal.publico.pt/noticia/30-03-2010/politecnico-de-leiria-incentiva-partilha-de-veiculos-e-o-uso-de-bicicletas-19094274.htm

26 de Março, 2010: Massa Crítica - BICICLETADA

"18:00 - 20:30

  • Aveiro - Concentração às 18h30 e saída às 19h00, no Forum Aveiro, ao lado da Capitania;
  • Coimbra - Encontro: Largo da Portagem, junto à estátua do Mata Frades;
  • Lisboa - Concentração às 18:00 e saída às 19:00, no Marquês Pombal, no início do Parque Eduardo VII;
  • Porto - Concentração às 18h30 e saída às 19h00, na Praça dos Leões;
  • Évora - Concentração às 18h00, na Praça do Giraldo.
...Há alguma variedade na hora de início das bicicletadas pois, para além do mais, espera-se sempre cerca de meia hora pela chegada de mais participantes... E como anoitece mais cedo é bom trazerem luzes e reflectores... Se estiver tempo húmido também é bom trazerem vestuário de protecção... Aparece e traz amigas/os."

Fonte:
http://www.massacriticapt.net/?q=node/1074

Bicicletas de uso partilhado para suavizar a mobilidade

in Jornal de Notícias, 21 de Março, 2010
Por Cristiano Pereira

"Autores de casos de sucesso no Mundo preparam as propostas para António Costa.
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou recentemente o relatório final da fase de diálogo concorrencial para a criação, implementação, financiamento e gestão de uma rede de bicicletas de uso partilhado. Dentro de meses, a cidade pode ter mais 2500 bicicletas nas ruas.
Neste momento, há quatro candidatos a elaborar as propostas, que dentro de pouco mais de um mês deverão ser analisadas por um júri com vista a decidir quem será a escolhida para implementar a rede de bicicletas de uso partilhado em Lisboa.
Na disputa, estão empresas internacionais com experiência na matéria, como os franceses da JC Decaux (responsável pelo programa Vélib, em Paris, o maior sistema de bicicletas partilhadas do Mundo, e em cidades como Viena, Bruxelas ou Sevilha), a empresa rival norte-americana Clear Channel (que desenvolveu o sistema em Barcelona, Oslo ou Estocolmo), os canadianos da Public Bike System Co (Montreal e, em parceria, Londres) e, por último, uma parceria entre os franceses da Transdev e a empresa de Matosinhos Soltráfego.
"Agora vamos ver qual é que se pode adequar melhor à cidade", disse ao JN o vereador Sá Fernandes, prometendo que "se tudo correr bem", as primeiras 100 estações "vão começar a ser instaladas antes do final deste ano". Isto porque a implementação da rede será feita em duas fases.
Segundo o caderno de encargos, a que o JN teve acesso, que define as directrizes que as candidaturas deverão seguir, a primeira fase da instalação da rede deverá arrancar até seis meses depois da assinatura do contrato e deverá disponibilizar um número mínimo de mil bicicletas, em 100 estações. A segunda fase terá de arrancar até um ano depois e disponibilizar mais 1500 bicicletas, em 150 novas estações.
As características da rede previstas no documento da Câmara Municipal de Lisboa são muito semelhantes ao sistema Vélib, de Paris, já testado pelo JN. O acesso ao serviço, por exemplo, é gratuito nos primeiros 30 minutos, desde que o utilizador se inscreva, pagando, para isso, uma tarifa que varia entre 25 euros (com prazo de um ano), sete euros (uma semana) ou três euros (apenas um dia).
É fácil não pagar mais do que isso: basta ir trocando de bicicleta de 30 em 30 minutos numa das muitas estações espalhadas pela cidade. Caso contrário, a segunda meia hora já terá um custo a partir dos 50 cêntimos. O sistema será integrado nos cartões da rede de transportes públicos que operam na área Metropolitana de Lisboa como o "Lisboa Viva".
Os avanços no processo estão a ser encarados com satisfação pela recém criada MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, uma entidade que assume ter como missão "ajudar a criar as condições para que qualquer pessoa possa utilizar a bicicleta como veículo de forma fácil, agradável, eficiente e segura e que os benefícios desta opção sejam amplamente reconhecidos" (ver em www.mubi.pt).
Os membros da associação consideram que um sistema de bicicletas de uso partilhado constitui "uma grande mais valia para a mobilidade numa cidade" e até já pediram uma audiência ao vereador Sá Fernandes, para que discutir "opções do ponto de vista do utilizador". "Deve assegurar-se que o projecto não é desviado apenas para um cariz turístico", apontam.
Um dos seus membros, Rui Soares Costa, sublinha que "é essencial uma correcta articulação com os transportes públicos da cidade" e cita um exemplo concreto: "As estações de distribuição e recolha de bicicletas devem estar junto a terminais de transportes públicos". O utilizador de bicicleta frisa ainda é preciso acompanhar todo este processo, "com a implementação de medidas de condicionamento de trânsito automóvel, quer particular, quer individual".
A implementação da rede, contudo, "não deve servir de desculpa para a CML não melhorar as condições de quem opta por usar bicicleta própria", conclui Rui Soares Costa"

Fonte:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1524301

CICLO-OFICINA: 21 de Março, 2010

Ciclo-Oficina - Nova Etapa - Novo local

"Precisam de ajuda a reparar algum problema na bicicleta? Querem ajudar outros a reparar as suas bicicletas? Conhecer mais gente que também circula de bicicleta por Lisboa?

Alguns ciclistas compromete-se a estar no terceiro domingo de cada mês no Jardim Fernando Pessa (junto ao Fórum Lisboa) a partir das 14:30 até às 17:30, para ajudar quem precisa a resolver algum problema. Não fornecemos peças, só boa vontade!

A Cicloficina é uma iniciativa informal, e aberta a todos os que nela queiram colaborar. É um serviço de assistência técnica simples prestado à população ciclista, e funciona apoiada no tempo, dedicação e mais valias dos voluntários que a fazem acontecer. O seu objectivo é:
# 1 – Promoção do uso quotidiano da bicicleta, dando-lhe visibilidade.
# 2 – Animação da rua e da vida colectiva do local onde decorre a Cicloficina.
# 3 – Aumento das interacções e fortalecimento das relações da comunidade.
# 4 – Empoderamento dos utilizadores de bicicleta, ensinando-os a regular, ajustar, afinar e manter as suas bicicletas, de modo a aumentar a sua autonomia, a sua segurança e o seu conforto, com vista a fomentar um maior uso da bicicleta na cidade."

Ver o mapa.

A próxima é já neste Domingo

Aparece!

Semáforos: Câmaras não cumprem tempos de verde

 in Jornal Público, 21 de Março 2010
Por Aníbal Rodrigues

"A lei tem quatro anos, mas ninguém lhe liga, ao que parece porque é boa de mais. Em vez de permitirem um atravessamento à velocidade de 0,4 metros por segundo, os nossos semáforos obrigam-nos a ser mais rápidos, para o trânsito não ficar tanto tempo parado. Será por isso que morremos atropelados nas passadeiras?

Nenhuma câmara municipal portuguesa cumpre a lei no que diz respeito ao tempo que o semáforo das passadeiras deve permanecer verde para os peões. Em qualquer parte do país, a luz que autoriza as pessoas a caminhar é mais breve do que devia. "É uma lei tipicamente portuguesa - uma lei boa sem aplicação", comenta Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M).

O Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, estipula que estes semáforos devem permitir uma velocidade de 40 centímetros por segundo, o que, em princípio, não levanta problemas, por exemplo, a pessoas com dificuldades de locomoção. O referido diploma diz que "o sinal verde de travessia de peões deve estar aberto o tempo suficiente para permitir a travessia, a uma velocidade de 0,4 m/s, de toda a largura da via ou até ao separador central, quando ele exista". "Mas o habitual é entre um metro e vinte e um metro e meio por segundo", denuncia Manuel João Ramos.

"A lei possibilita que pessoas com mobilidade reduzida possam atravessar a estrada", destaca o líder da ACA-M que, em 2007, na qualidade de vereador da Câmara de Lisboa, apresentou uma proposta que pedia o cumprimento do Decreto-Lei n.º 163/2006, mas que acabou por não ter resultados práticos. "Porque não existe vontade para o fazer", critica Manuel João Ramos que, porém, reconhece o carácter "restritivo" desta norma, "que dá amplitude total para as câmaras fazerem o que quiserem".

Recentemente, a PSP lançou a campanha Pela Vida, Trave que estará em vigor até ao final do próximo mês de Maio e cujo objectivo é a diminuição do número de atropelamentos. Para além da fiscalização dos comportamentos dos condutores perante semáforos, sinais Stop e passadeiras, também será vigiado o eventual desrespeito na utilização das passadeiras por parte dos peões. Na campanha vão participar polícias à civil em viaturas descaracterizadas que podem aplicar coimas entre seis e 30 euros a quem, por exemplo, atravessar a estrada fora da passadeira dispondo de uma situada a uma distância de até 50 metros.

Travar as mortes
A campanha da PSP nasceu a partir da constatação de que, desde 2007 para cá, o número de mortos por atropelamento tem vindo a aumentar. Em 2007, este tipo de mortalidade representava 24,14 por cento do total das vítimas mortais em acidentes rodoviários, mas em 2009 passou a representar 40,01 por cento. Note-se que, nas áreas adstritas à PSP, o total de vítimas mortais até desceu entre 2007 e 2009 e continua a diminuir este ano. Porém, as vítimas mortais por atropelamento registadas em 2010 representam 40 por cento do total.

No todo nacional, e tendo em conta os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, referentes a 2008, morreram 12 pessoas atropeladas em passadeiras situadas dentro de localidades. O número de feridos é bem mais expressivo: 142 graves e 1798 ligeiros. Registaram-se, portanto, no ano de 2008, 1952 vítimas de atropelamentos, em passadeiras situadas dentro de localidades. No mesmo período, os registos em passadeiras fora das localidades é bem menor: um morto, três feridos graves e 12 feridos leves


Fonte:
http://jornal.publico.pt/noticia/21-03-2010/camaras-nao-cumprem-tempos-de-verde-19017064.htm

The Story of Cap and Trade


http://storyofcapandtrade.org
The Story of Cap & Trade
"Trade is a fast-paced, fact-filled look at the leading climate solution being discussed at Copenhagen and on Capitol Hill. Host Annie Leonard introduces the energy traders and Wall Street financiers at the heart of this scheme and reveals the "devils in the details" in current cap and trade proposals: free permits to big polluters, fake offsets and distraction from whats really required to tackle the climate crisis. If youve heard about Cap Trade; Trade, but arent sure how it works (or who benefits), this is the film is for you."

Fonte:
http://storyofstuff.com/capandtrade/

Loures e Barreiro vão ter "autocarros" conduzidos pelos pais em que se anda a pé

Por Inês Boaventura Além de reduzir a utilização do automóvel, o projecto, que envolve seis escolas do primeiro ciclo, quer promover a saúde das crianças e a sua interacção com a comunidade.


"As Câmaras Municipais de Loures e do Barreiro e a Universidade Nova de Lisboa estão a desenvolver um projecto, que se prolonga até Julho de 2011, visando a criação de um novo tipo de autocarro destinado a servir seis escolas do primeiro ciclo destes concelhos. Este autocarro, diferente daqueles que estamos habituados a ver, vai percorrer um circuito definido com paragens fixas mas será conduzido por um ou mais encarregados de educação, que levarão pela mão um grupo de crianças.

"É um autocarro imaginário ou virtual", sintetizou o vice-presidente da Câmara de Loures, João Pedro Domingues, explicando que o projecto A Pé para a Escola pretende contribuir para reduzir a utilização do automóvel, "alterando atitudes e comportamentos de toda a comunidade escolar". Mas, como frisou ontem o autarca num seminário sobre o assunto, além da promoção da mobilidade sustentável, a ambição é também promover a saúde das crianças e "o incremento da sua sociabilização e interacção com a comunidade e meio envolvente da escola".

Nesta fase experimental, que arrancou em Fevereiro com um prazo de 18 meses e financiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a intenção é convencer a andar a pé os alunos, e também os pais, de três escolas do primeiro ciclo de Loures (nas freguesias de Santo António dos Cavaleiros, Sacavém e Loures) e três do Barreiro (freguesias do Barreiro, Alto do Seixalinho e Lavradio). "Depois tentaremos replicar [o projecto] no maior número possível de escolas", disse o vereador de Loures.

Robert Pressl, consultor austríaco na área da mobilidade, admitiu que o estilo de vida sedentário, a falta de preparação do espaço público e questões ligadas à segurança podem ser entraves à adesão a projectos como este. Mas tanto ele como os restantes especialistas presentes no seminário foram unânimes em considerar que em relação à segurança estamos perante um ciclo vicioso que importa quebrar.

"Quanto mais pessoas andarem a pé, mais seguro se torna fazê-lo", sublinhou Bronwen Thornton, referindo, por exemplo, que no Canadá o trabalho de incentivar as crianças a caminhar entre as suas casas e as escolas começou há 13 anos em três instituições de Toronto. Hoje, segundo a directora da Walk21 (que desenvolve a partir de Londres trabalho na área da mobilidade pedonal), estão envolvidas nesta causa 500 escolas de todo o país, havendo mesmo uma delas em que é proibido transportar os alunos de carro.

Coesão comunitária
Para Bronwen Thornton, andar a pé tem muitas vantagens, como contribuir para a interacção com os vizinhos e para a coesão da comunidade local, mas também estimular o conhecimento que os mais novos têm daquilo que os rodeia. Para demonstrar essa tese, a especialista mostrou um desenho feito por uma criança que vai de automóvel para a escola e de uma outra que caminha. O primeiro mostrava uma casa, um espaço de recreio encostado a ela e uma larga estrada, enquanto o segundo revelava todo um bairro, com caminhos, um lago e equipamentos.

A Câmara de Lisboa também introduziu, em Setembro de 2007, um projecto semelhante ao A Pé para a Escola, designado Pedibus, iniciativa que foi copiada no início deste ano numa escola de Odivelas. Em Lisboa são três as instituições envolvidas (em Campo de Ourique e Alvalade), mas, segundo o representante da autarquia lisboeta, João Teixeira, apenas dez por cento dos alunos aderiram.

"É muito menos um problema de engenharia de tráfego e muito mais um problema de capacidade de pôr a comunidade a comunicar e de mobilização", admitiu o técnico, que participou na conferência vestido com um boné e um colete reflector idêntico ao utilizado pelas crianças e adultos participantes no Pedibus."

 

Especialista lamenta "menorização do peão"

Há cada vez menos crianças no espaço público
"Por que é que não se vêem crianças a andar na rua? A pergunta foi feita a Reinhard Naumann, residente em Portugal há cerca de duas décadas, pelo seu filho, na altura em que tinha oito ou nove anos. O alemão, que na infância percorria diariamente oito quilómetros em bicicleta para chegar à escola, confessou ontem que a questão o alertou para uma realidade lamentável: "É muito raro vermos crianças autónomas no espaço público".

Mais do que isso, diz Manuel João Ramos, da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, existe mesmo "uma menorização do peão". "Somos formatados para pensar que o peão é um pobrezinho que não tem carro, mas na verdade é peão quem pode". Promover uma reflexão sobre a importância dos direitos dos peões é, aliás, o objectivo da colecção de livros Estudos Pedonais, daquela associação, cujo terceiro volume - com o título The Walker and The City - foi ontem lançado."


Fontes:
http://jornal.publico.pt/noticia/20-03-2010/loures-e-barreiro-vao-ter-autocarros-conduzidos-pelos-pais-em-que-se-anda-a-pe-19030582.htm
http://jornal.publico.pt/noticia/20-03-2010/especialista-lamenta-menorizacao-do-peao-19030586.htm
Imagem:
http://www.semainedelamobilite.ch/img/pedibus.jpg

Director executivo da junta metropolitana pede mais planeamento para a mobilidade

in Jornal Público, 11 de Março, 2010
"Lino Ferreira alerta que a melhoria da mobilidade no Grande Porto exige também grandes alterações na rede de transportes

O presidente da Comissão Executiva da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Lino Ferreira, defendeu ontem que melhorar a mobilidade no Grande Porto depende de grandes alterações não só ao nível da rede de transportes, mas também de planeamento. "É preciso criar uma rede entre as cidades da Área Metropolitana do Porto (AMP) e isso implica grandes alterações na rede de transportes e no planeamento. Devemos caminhar para espaços urbanos autos-suficientes, com escolas, espaços de lazer e espaços verdes", sustentou Lino Ferreira, numa conferência sobre Mobilidade - a última do ciclo Energia, Ambiente e Sustentabilidade, promovida pelo semanário Grande Porto.

Alertando que a criação de zonas residenciais distantes dos locais de trabalho gerou grandes fluxos de tráfego na cidade, Lino Ferreira considerou que a "revolução" a fazer nesta área deve também envolver a universidade. No entanto, em causa não estão só os especialistas de Engenharia, mas também os de Planeamento Urbano e de Estudos Sociais. O responsável acha que os concelhos da AMP "têm condições para potenciar a locomoção em transportes públicos", mas para isso é preciso "um projecto colectivo de valorização do espaço público e envolvimento do tecido social". Acima de tudo, diz, é preciso persistência: "A mobilidade sustentada precisa de medidas continuadas e de perseverança, mesmo se não houver resultados a curto prazo".

Lino Ferreira criticou a falta de parques de estacionamento periféricos para os utilizadores do metro e alertou que "a complementaridade entre os diversos operadores de transportes está muito longe do desejável", em parte por culpa da "falta de locais de interface". A este nível, a resposta poderá estar na entrada em funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT), em relação à qual o ministro das Obras Públicas e a junta anunciaram anteontem que vão tentar, nos próximos 30 dias, encontrar um presidente de consenso, esperando que possa iniciar funções dentro de dois meses. Lino Ferreira lembra que, entre outras atribuições, a AMT "deverá promover reuniões para parcerias entre operadores públicos e privados" de transportes.

Presente na assistência, o ex-ministro das Obras Públicas e presidente da Assembleia Municipal do Porto, Valente de Oliveira, defendeu ainda que devia haver uma aposta maior no projecto do metro do Porto. "Os transportes públicos dentro da cidade são a resposta. Faz falta uma aposta mais determinada do metro. A optimização da rede é uma coisa que se impõe", afirmou.

João Marrana, da Empresa do Metro do Porto, notou que "o grande benefício" deste meio de transporte "está associado ao aumento de qualidade de vida dos moradores da AMP", até porque a sua entrada em funcionamento permitiu que retirar da circulação diária da região "11 mil automóveis"."

Fonte:

Produção de bicicletas ameaçada pela China

Por Maria José Santana

in Jornal Público, 7 de Março, 2010
"Águeda recusa-se a perder a imagem de marca de "capital da bicicleta", mas corre riscos de assistir ao desaparecimento de algumas empresas.

A situação difícil da Sirla, empresa que dá nome a uma das marcas nacionais de bicicletas mais reconhecidas, é apenas um sinal da crise que afecta este sector em Portugal. A firma fundada em 1965 e sediada em Águeda, município que vem sendo rotulado de "capital da bicicleta", está em processo de insolvência. Mas existem outras empresas do sector a viver dias complicados.

O cenário é confirmado pela própria associação representativa do sector, a Abimota (Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins), que garante que o problema não fica a dever-se apenas à conjuntura económica actual, que provocou uma retracção do mercado (quebra de vendas).

A principal ameaça é a "concorrência desleal" que advém dos países asiáticos. Para os dirigentes da Abimota urge avançar com medidas de controlo do dumping no sector, até porque as contas feitas não deixam grande margem para dúvidas.

"Só no dumping comercial estamos a falar de uma taxa de 40 por cento. E não é possível contabilizar os efeitos do dumping ambiental, social e político", traçou Paulo Rodrigues, secretário-geral da Abimota. "Portugal é pouco rigoroso na forma como deixa entrar outros produtos", exemplificou.

A associação que conta com um laboratório de ensaios para certificação dos produtos das suas associadas alerta ainda para a necessidade de separar o trigo do joio em matéria de qualidade. E tal só será concretizável com uma legislação que determine que "uma determinada entidade possa actuar no mercado, seleccionando os produtos que são certificados", defendeu o secretário-geral da associação representativa do sector.

Num estudo elaborado em 2008 pela Direcção-geral das Actividades Económicas é apontado que a produção nacional anual, assegurada por cerca de 30 empresas, ascende a "um milhão de bicicletas, sendo o consumo interno estimado da ordem das 300 mil unidades". Os últimos números conhecidos, relativos ao ano de 2007, apontam para um valor de exportações na ordem dos 150 milhões de euros. A conjuntura actual não é, certamente, tão auspiciosa. A Abimota reconhece existir uma retracção do mercado e fala em várias empresas "em situação difícil", sem especificar quantas.

Paulo Rodrigues não deixa de destacar o facto de o cenário da produção nacional só não ser pior por força da aposta de uma grande empresa francesa (Decathlon) nas empresas portuguesas. "Caso não houvesse esse efeito da Decathlon, a crise no sector podia ser pior", analisa.

A redução da taxa de IVA (hoje nos 20 por cento) aplicada actualmente às bicicletas poderia constituir, segundo os responsáveis da Abimota, uma "medida prática" de ajuda ao sector. "Devia ser uma taxa equiparada à dos ginásios [cinco por cento], uma vez que a bicicleta tem um papel fundamental no bem-estar e na saúde", argumentou Paulo Rodrigues.

Sobreviver via exportação
O cenário de crise no subsector das bicicletas acaba por ser confirmado junto do administrador de duas empresas nacionais reconhecidas, a Órbitra e a Miralago (esta última mais vocacionada na produção de bicicletas para ginásio). Desde 1956 que o empresário Aurélio Ferreira acompanha a evolução da indústria das duas rodas (bicicletas e motorizadas).

"Hoje acompanho o retrocesso, só restando "esqueletos" de fábricas onde outrora, por todo o lado, ao "silvo das sirenes" se seguia o "matraquear" das passadas dos milhares de operários que do sector viviam", lembra o empresário aguedense. E acrescenta: "Águeda, outrora capital das duas rodas, tem somente uma rotunda que simboliza um passado, que foi imenso neste sector. Resta-nos isso."

No caso concreto da Órbita, assume Aurélio Ferreira, a salvação tem sido o facto de o volume de exportação se situar nos 60 por cento. Outro dos "segredos" passa, segundo o empresário, pela constante procura de "nichos de mercado e de produtos de maior tecnologia onde outros têm dificuldade em chegar"."

Fonte:

Alliance for Biking & Walking

"Our Mission: bikerwithsonbeforecrossingthestreet
Alliance for Biking & Walking creates, strengthens, and unites state and local bicycle and pedestrian advocacy organizations.


Our Vision:
Every community benefits from the fun, practicality, and efficiency of biking and walking. In 2015, one-third of all trips will be made by bicycling and walking for reasons ranging from personal health and environmental sustainability to economic necessity and moral responsibility. The Alliance has created, strengthened, and empowered effective and sustainable bicycle and pedestrian advocacy organizations in every state, province, and major city in North America. These organizations are highly respected by the public, media, and policy makers. Their efforts in their communities and their united strength at the national level have transformed communities into places where it is easy, safe, desirable, and common for citizens to bike and walk.

Values that guide our work:bikersonbridge
  • the power of the bicycle to transform individuals and communities.
  • the role of bicycling and walking in efficient transportation.
  • the importance of social change at the state and local level.
  • our cost effectiveness and resilience.
  • our professionalism and our careers as the leaders of state and local bicycle and pedestrian advocacy organizations.
  • the uniqueness of our diverse communities and the collective brilliance of our membership.
  • the role of song: “there is no movement without music.”
  • connecting, playing together and reinvigorating ourselves through gatherings.
  • our history and heart embedded in our name."

Fonte:
http://www.peoplepoweredmovement.org/site/index.php/site/about/C185

Fixing the Great Mistake: Autocentric Development


""Fixing the Great Mistake" is a new Streetfilms series that examines what went wrong in the early part of the 20th Century, when our cities began catering to the automobile, and how those decisions continue to affect our lives today.
FTGMlogo4webIn this episode, Transportation Alternatives director Paul Steely White shows how planning for cars drastically altered Park Avenue. Watch and see what Park Avenue used to look like, how we ceded it to the automobile, and what we need to do to reclaim the street as a space where people take precedence over traffic."

Fonte:
http://www.streetfilms.org/fixing-the-great-mistake-autocentric-development/#more-27221