in Jornal Público, 01.06.2009 - 21h28 Lusa
"O cabeça de lista do MMS ao Parlamento Europeu tentou hoje, sem sucesso, transportar uma bicicleta de comboio até ao Cacém, numa iniciativa para demonstrar a falta de alternativas ao automóvel para quem trabalha mas não mora em Lisboa.
"É a prova de que as coisas não estão preparadas para o cidadão, é muito difícil as pessoas terem alternativas, fala-se muito em acabar com os automóveis na cidade de Lisboa mas é preciso ter condições", disse esta tarde à agência Lusa o cabeça de lista do Movimento Mérito e Sociedade (MMS), Carlos Gomes.
O candidato a eurodeputado constatava desta forma a falta de alternativas ao uso do automóvel na capital, depois de falhada a tentativa de transportar em hora de ponta uma bicicleta num comboio da Linha de Sintra, em direcção ao Cacém, uma freguesia onde moram milhares de pessoas que todos os dias se deslocam até Lisboa para trabalhar.
Perto das 18 horas o cabeça de lista do MMS, acompanhado do presidente do partido, Eduardo Correia, entraram na Estação do Rossio, ambos levando consigo a respectiva bicicleta e compraram o bilhete que lhes permitiria viajar até ao Cacém.
Ainda que a máquina que dispensou os bilhetes tivesse dado como indisponível a opção de venda de bilhetes a utentes com bicicletas, foi só já dentro do comboio que foi pedido aos dois representantes do MMS que abandonassem a carruagem em que tinham entrado, uma vez que só é permitido o transporte de bicicletas a partir das 20:00, fora da hora de maior circulação de pessoas.
"Vimos que havia alguma falta de informação aqui mesmo na estação. É preciso mudar estas coisas, temos que fazer com que as coisas funcionem para os cidadãos e para as pessoas", afirmou Carlos Gomes.
"Compreende-se que não se queira que os utentes 'normais' sejam afectados pelos utentes com bicicletas", acrescentou o candidato que apresentou soluções.
"O facto de haver um horário neste momento em que só a partir das 20:00 se pode utilizar a bicicleta, obviamente limita imenso as pessoas que a querem utilizar. Não podem ficar aqui em Lisboa, deixar os filhos [sozinhos] em casa. É possível ter um vagão com tarifas específicas, como se faz noutros países da Europa, e como era possível fazer também em Lisboa", defendeu.
Esta seria uma opção que, no entender de Carlos Gomes, ajudaria a tornar a capital uma cidade "mais verde e ecológica", para além dos benefícios económicos que a utilização da bicicleta traz em comparação com o uso do carro.
O presidente do MMS aproveitou a iniciativa para criticar a forma como até ao momento tem decorrido a campanha para o Parlamento Europeu, particularmente o comportamento dos "principais partidos tradicionais", que, diz, estão apostados em atirar "uns tiros de um lado para o outro".
"É para mim inaceitável continuar a ver a campanha dos outros partidos políticos, que se dedicam a dizer mal uns dos outros, que se dedicam a promessas hilariantes. É assim que classifico o estado da campanha. Não vi uma ideia. Vejo sempre uns tiros de um lado para o outro", afirmou.
"Os partidos tradicionais encarregaram-se de fazer com que os portugueses desconfiem dos políticos, da democracia e dos actos eleitorais. É fundamental que os portugueses percebam que o voto é o seu primeiro instrumento de mudança e que percebam que é em novas pessoas e novos projectos que vão encontrar um novo rumo", acrescentou, apontando Carlos Gomes como uma alternativa credível "de talento e de mérito", que "representa a capacidade que os portugueses têm de fazer coisas bem feitas na Europa".
Carlos Gomes, de 44 anos e com origem em Castelo Branco, reside actualmente em Paris e é o presidente do grupo Fiat para os mercados da Europa do Sul."
Fonte:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1384433&idCanal=12
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