Bicicleta roubada XII


"Boas tardes pessoal, roubaram uma bicicleta a um amigo meu, nos Olivais, ainda esta manhã. Alguém tem alguma sugestão? Além de reportar à polícia e passar pela feira da ladra...
Se alguém a vir já sabem, por favor entrem em contacto.
Era igualzinha a esta e tinha protector de selim, reflectores nas rodas (como estas), dianteiros e traseiros e luzes de presença atrás e à frente.
Obrigado e boas pedaladas!"

Bicicleta roubada XI

"Roubaram-me hoje de manhã, do meu prédio, na Praça Paiva Couceiro, a minha bicileta de corrida (uso no triatlo). Não foi roubo de ocasião já que estava fora da vista e presa com um cadeado (dos fáceis de rebentar com um alicate, mas sempre era necessário um alicate e cortaram, inclusivamente, as correias plásticas - tipo eletricidade - que seguravam o dístico com o meu número da federação de triatlo e deixaram-no lá).
  Trata-se de uma bicileta com quadro de alumínio, perfil tubular cilíndrico fino da marca EDR, tipo de estrada já "menos moderna". Nos nós de interseção dos tubos, aumentava muito ligeiramente o diâmetro. A testa da frente é bastante alta e deve ser um quadro de tamanho 62 ou maior (já não me lembro, mas meço 1,92m e estava-me "boa"). Naturalmente poderá ser pintada, mas a pintura original é branca com letras grandes "EDR" vermelhas na lateral e restos da palavra "aluminium" também a vermelho. A pintura está bastante riscada mas mantinha-se branca como a neve. O quadro pesa cerca de 1200g e é muito flexível.
Na escora do quadro, junto ao eixo da roda traseira, do lado esquerdo, está sem a pintura nuns 20cm e está lixada pois já foi soldada neste local. Não sei o número de série do quadro.

Particularidades:
Pedais Look CX-6 pretos;
Rodas Mavic (com fechos quick-lock specialized) com pneus Maxxis Columbiere (praticamente novos) - diferentes das que aparecem na foto.
Manípulos Shimano Sora (o esquerdo é novo e o direito é antigo);
Mudanças Shimano 105 (8 velocidades atrás);
Avanço de triatlo aerobar Syntace XXs (unidos à frente com peça própria);
A forqueta é nova, preta em carbono - diferente da que aparece na foto.
A forqueta é de 1'' e é threadless (vi-me à rasca para encontrar a forqueta e a caixa da direcção de 1'' no ebay  UK, por isso não deve haver muitas por aí);
O guiador é de 44cm e também de 1''. Com fitas completamente novas pretas.

Se me ajudarem a espalhar esta informação que me leve de novo a ela (chama-se Bianca e deve estar assustada), agradeço".

Peões com acesso facilitado à estação de Santa Apolónia após protesto de moradores

Moradores queriam que a Refer abrisse uma porta no muro que ladeia a estação, mas opção foi outra (Foto: Pedro Martinho)
in Jornal Público, 17.10.2012
Por Marisa Soares

"O acesso pedonal do lado Norte à estação de Santa Apolónia, em Lisboa, vai ser mais fácil a partir de sábado. Depois de vários protestos dos moradores da zona, a Refer vai abrir uma das portas laterais da estação que dão para a Rua dos Caminhos de Ferro. Esta passa a ter sentido único e passeios mais largos.  

A porta a ser aberta, a cerca de 300 metros da entrada principal, vai dar acesso a uma passagem subterrânea que liga ao átrio onde termina a linha dos comboios Alfa Pendular. “É um túnel com iluminação e câmaras de videovigilância”, afirma Basílio Vieira, morador que deu a cara pelo protesto e lançou, em 2010, o movimento Entrada Norte e uma petição pública.
O túnel permite ir até à estação do metro e ao supermercado ali existentes sem ter que contornar o edifício por fora, como acontece actualmente. No entanto, para quem tem mobilidade reduzida a solução não é perfeita. Para aceder à passagem subterrânea é preciso descer escadas, não havendo elevador nem rampa alternativa. “Mesmo assim, pode-se entrar na estação e dar a volta pela plataforma, de forma mais segura do que hoje”, ressalva Basílio Vieira.
Há anos que os moradores se queixam da falta de segurança – nalguns locais, os passeios têm 15 centímetros de largura – e do risco de atropelamentos naquela zona, pela ausência de passadeiras. Com a transformação da Rua dos Caminhos de Ferro numa via de sentido único, na direcção sul-norte (ou seja, de Santa Apolónia para o Parque das Nações), o espaço para os peões será alargado e vai ser colocada uma passadeira em frente à porta da estação.
Os automobilistas que queiram ir no sentido inverso têm como alternativa a Avenida Infante Dom Henrique e o viaduto sobre a linha ferroviária, para inversão de marcha.
As carreiras da Carris também vão ser alteradas. Segundo a transportadora, os percursos dos autocarros 735, 794, 759 (nocturno), 206 e 210 vão ser desviados para a Avenida Infante Dom Henrique a partir da Avenida Mouzinho de Albuquerque, a partir das 22h de sexta-feira.

Solução era "a única possível" 
Apesar de estar “satisfeito” com a solução encontrada pela Câmara de Lisboa e pela Refer, Basílio Vieira sustenta que esta não é a ideal. A proposta dos moradores era a abertura de uma porta no muro lateral da estação, na ligação da Rua da Bica do Sapato com a Rua dos Caminhos de Ferro. A entrada daria acesso ao cais 1 pela Rua da Bica do Sapato, onde os passeios são mais largos, evitando alterações ao trânsito.
Foi em defesa dessa opção que o movimento Entrada Norte organizou, em Maio, a Marcha dos Atropelados, que juntou dezenas de pessoas em protesto. “Aquele muro não tem razão de existir”, defende Basílio Vieira.
“A solução adoptada é a única tecnicamente possível”, contrapõe o vereador da Mobilidade, Fernando Nunes da Silva. Rasgar o muro só será possível, admite, quando a Refer fizer obras na estação para reformular a linha dos comboios Alfa e Intercidades, o que não deverá acontecer nos próximos tempos devido à crise.
A intervenção, que começou no início do mês e termina sexta-feira, custa à câmara cerca de 15 mil euros. Mas é provisória. O movimento Entrada Norte candidatou um projecto ao Orçamento Participativo (OP) da Câmara de Lisboa, que prevê a realização de obras definitivas na zona para melhorar a acessibilidade pedonal e a circulação de tráfego, no valor de 500 mil euros.
Se o projecto passar, os pilaretes agora colocados desaparecem e dão lugar a passeios mais largos, serão criados mais lugares de estacionamento para residentes, e serão feitas obras na rede de drenagem pluvial. Os projectos do OP estão a votação até 31 de Outubro".

Bicicletas e o Sistema Económico

Italianos e gregos trocam automóveis por bicicletas


in Jornal Público, 04.10.2012 

"Em 2011 foram vendidas mais bicicletas (1 milhão e 750 mil) do que carros (1 milhão e 748 mil) em Itália, de acordo com o jornal The Telegraph .

Numa Itália deprimida depois da II Guerra Mundial, Antonio Ricci percorre as ruas de Roma procurando, desesperadamente, a bicicleta roubada de que necessita para poder trabalhar.
Mais de 60 anos depois de Vittorio De Sicca ter realizado esta cena no filme “Ladrões de Bicicletas”, os italianos voltaram-se novamente para este meio de transporte.
Diz o mesmo jornal inglês que o aumento do desemprego, a imposição de medidas de austeridade e o aumento do custo de vida – em Itália, um litro de combustível custa cerca de 2 euros por litro, o valor mais alto na Europa - fizeram com que, pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, os italianos comprassem mais bicicletas do que carros.
As famílias estão a comprar bicicletas, a desistir dos segundos carros e a aderir a esquemas de partilha de carros.
“Cada vez mais pessoas estão a tirar as velhas bicicletas das garagens ou das caves. São fáceis de usar e custam pouco. Em distâncias de cinco quilómetros ou menos, são geralmente mais rápidas do que outros meios de transporte”, disse Pietro Nigreli, da associação industrial Confindustria, em declarações ao Telegraph.
Mais de 10% de italianos passaram a utilizar a bicicleta para irem trabalhar ou para chegarem à escola. Numa população de 60 milhões, este valor representa 6,5 milhões de pessoas.
Em declarações ao jornal La Repubblica , Antonio Della Venezia, presidente da Federação Italiana de Amantes de Bicicletas, disse que as “pessoas que até agora só tinham conduzido carros, estão a mudar a forma de pensar”.
Num país famoso pela indústria automóvel e que, em 2009, apresentava a quarta maior taxa de posse de automóveis no mundo (cerca de 60 carros por cada 100 habitantes), um carro tornou-se um símbolo do milagre económico italiano dos anos 60 e as vendas de automóveis não pararam de crescer desde então.
Agora, a compra de carros novos desceu para valores que não eram registados desde os anos de 1970.
“Qualquer pessoa que trabalhe no sector automóvel na Europa actualmente está a experimentar vários níveis de descontentamento. O mercado automóvel europeu está um desastre”, disse Sergio Marchionne, presidente da Fiat.

Grécia também pedala mais 
Mas não são só os italianos que estão a trocar as quatro pelas duas rodas. Em Agosto, a Reuters noticiou que os gregos também estão a adoptar a bicicleta como meio de transporte.
Vistas geralmente como sinal de pobreza ou consideradas arriscadas, as bicicletas estão a tornar-se numa alternativa para os gregos, a braços com uma grave crise económica e com elevadas taxas de desemprego.
O número de automóveis utilizados desceu 40% na Grécia. De acordo com a Reuters, esta situação está a traduzir-se numa oportunidade para alguns gregos, uma vez que a venda de bicicletas cresceu mais de 25% e a compra de equipamento de ciclismo – desde capacetes a joalheiras –, está a aumentar rapidamente.
Estima-se que pelo menos uma loja de bicicletas tenha aberto todos os meses em 2011, num forte contraste com o encerramento de muitas lojas em Atenas.
“Todos os bairros têm a sua loja de bicicletas, tal como têm a sua loja de kebabs”, disse à Reuters Giorgos Vogiatzis, um ex-ciclista da equipa nacional grega que desenha e constrói bicicletas feitas por medida.
Recentemente, Vogiatzis viu o negócio aumentar. De 40 bicicletas vendidas por ano, passou para 350.
A nova atracção dos gregos pelas bicicletas levou a que, em Atenas, se tenha começado a trabalhar num esquema de aluguer semelhante ao que existe noutras capitais europeias, como Paris.
A falta de infra-estruturas para o ciclismo na capital grega não impediu os gregos de pedalarem pela cidade, apesar dos engarrafamentos, das subidas e descidas em colinas íngremes e das estradas esburacadas".

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/italianos-e-gregos-trocam-automoveis-por-bicicletas-1565827