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Ponte de Lima aumenta para 81 o número de lotes para hortas urbanas

Foto: DR
Cada lote tem 40 metros quadrados de área de cultivo
in Jornal Público, 12.12.2011
Helena Geraldes


"O número de agricultores urbanos a plantar couves, cebolas, tomate, pepinos e outras variedades está a aumentar em Ponte de Lima, autarquia do distruto de Viana do Castelo que decidiu aumentar para 81 o número de lotes.
A partir deste mês, a câmara disponibiliza 27 novos lotes, cada um com 40 metros quadrados. Doze já estão ocupados, disse ao PÚBLICO a técnica superior de Ambiente da autarquia, Sandra Pereira. “A procura por estes espaços tem sido grande. Por isso decidimos passar dos 54 para os 81 lotes”, acrescentou.

Com base nas visitas às hortas urbanas, na Veiga de Crasto, às portas de Ponte de Lima, Sandra Pereira diz que aquilo que mais se cultiva é “o que as pessoas mais utilizam no dia-a-dia, como couves, cebolas, tomates, pepinos. Quem tem estes lotes tenta ter vários canteiros pequenos com uma grande variedade de hortícolas”. De acordo com a mesma responsável, até há quem se candidate a dois lotes, para ter uma área de cultivo de 80 metros quadrados.

O projecto das Hortas Urbanas em Ponte de Lima começou no final de 2009, com o objectivo de “melhorar a qualidade de vida, através da formação de espaços verdes dinâmicos e que promovam o contacto da população com a natureza”. Inicialmente havia 36 lotes, depois houve uma expansão para os 54 e agora passaram para 81.

Os únicos requisitos para estes agricultores urbanos, maioritariamente reformados e jovens casais, é que pertençam ao concelho de Ponte de Lima e que mantenham os terrenos cultivados.

Segundo Sandra Pereira, o município ainda tem mais espaços para fazer o projecto crescer. “Mas por enquanto vamos ver como corre com 81 lotes.”"

Fonte e imagem:

Reciclagem na Horta


Caixa de Take-away
"Muitas pessoas não fazem ideia de quanto poderão gastar na construção de uma horta na varanda ou terraço.

Mesmo que esta actividade envolvesse custos mais significativos, valeria sempre a pena pela experiência em si, pela terapia anti-stress que nos proporciona, pela vertente pedagógica quando é solicitada a participação das crianças, e pelo facto de nos permitir o consumo de legumes isentos de tóxicos.

Se reciclarmos objectos de uso diário na horta, não só estamos a ter uma atitude ecológica de reutilização, como conseguiremos fazer uma horta com custos irrisórios.

Para começar, os custos inevitáveis são

o da aquisição de terra (para quem não tem terreno ou canteiros), sendo que o preço médio de um saco com 50 litros de terra está entre os 3,5€ e os 6€, e os da aquisição de sementes – cada pacote custa entre 0,70€ e 2€.
 



Tudo o resto poderá resultar do reaproveitamento de coisas que, normalmente seguiriam para o contentor do lixo ou da reciclagem.





Exemplos:

Para iniciarmos a nossa horta, e começando pela sementeira, em vez dos tradicionais tabuleiros de germinação, porque não utilizar copos de iogurte, embalagens de margarina, caixas de take-away, e garrafas de plástico?
Basta ter o cuidado de perfurar os recipientes na base, de modo a permitir o bom escoamento do excesso de água.

 
Copo biodegradável

Existem copinhos biodegradáveis para sementeira, à venda nas casas da especialidade, cuja vantagem é o facto de não termos de retirar a plantinha do seu interior para a colocarmos no local definitivo, enterrando o copo, que se irá degradar deixando de obstruir o desenvolvimento das raízes. Para os substituirmos, podemos utilizar os rolos de papel higiénico, da seguinte forma:





         
Rolo de papel higiénico




 
Embalagem de leite recortada e perfurada"


Fonte e imagens:
http://cidadedashortas.blogspot.com/2011/05/reciclagem-na-horta-i.html?spref=fb

Ribeiro Telles, entrevista no Jornal i

in Jornal i, por Enrique Pinto-Coelho, Publicado em 09 de Outubro de 2009

"Tem aversão pelos jogadores de golfe e paixão pelos reis. Critica a visão "mercantilista" do território e propõe umas "cidades-região" com mais hortas e menos edifícios.

Arquitecto paisagista e ex-ministro da Qualidade de Vida (1981- 1983), Gonçalo Ribeiro Telles foi pioneiro da defesa do ambiente em Portugal. Há 20 anos, coordenou uma série de projectos para Lisboa e a área metropolitana, incluindo um plano para unir o Parque de Monsanto à cidade através de um "corredor verde", bacias de retenção no vale de Alcântara e hortas sociais em Chelas. Actualmente combate em tribunal o Polis Costa da Caparica, um "desastre" que, segundo ele, vai erradicar as hortas e substituí-las por hotéis e auto-estradas.

Nasceu em Lisboa há 87 anos. Viu a cidade crescer e transformar-se, interveio, denunciou e agora a câmara está a recuperar projectos coordenados por si que tinham ficado na gaveta.
João Soares, quando deixou a câmara, deixou um Plano Verde para ser integrado na revisão do PDM. Esta revisão devia ter sido feita, por lei, em 2004. No entanto, a câmara da altura, do Carmona Rodrigues, borrifou-se para a revisão do PDM e entre 2004 e 2009 pôde-se fazer o que se queria usando um plano director que devia ter sido revisto. Afinal o plano foi aprovado na assembleia municipal há pouco tempo e por isso é que se estão a realizar os primeiros corredores ecológicos para resolver o primeiro problema da agricultura urbana, que são as hortas sociais.

É a favor das portagens nas cidades?
Para quê?

Para limitar a entrada de carros nas cidades.
Acho muito bem que se limite a circulação de determinadas maneiras, mas a melhor forma é através do urbanismo regional, ir às causas e não às consequências.

O problema é que há muitos carros na cidade, e as pessoas gostam de ir de carro e muitas vezes precisam de o fazer...
Ai gostam? Mas isso é que não pode ser... O prestígio da circulação automóvel face ao transporte público é fomentado por um mau urbanismo.

Tem ou teve carro?
Eu tenho carro, mas nunca ando com ele na cidade. Também porque não preciso: moro dentro da cidade e tenho o metro, os autocarros e o carro quando quero ir passear para a província. Na cidade só passeio de táxi (risos).

É um carro na mesma.
Sim, mas não é para passear, é para ir mais depressa numa situação de emergência. Mas prefiro o metropolitano.

A rede de metro não é muito grande e não serve para todos.
Mas está a aumentar e é fundamental.

As autoridades regionais são competentes?
A maior parte das autoridades regionais, e as locais, não têm sido. Há excepções estupendas, como Guimarães, mas de uma forma geral a luta contra a REN [Reserva Ecológica Nacional] e a RAN [Reserva Agrícola Nacional] e toda a base do ordenamento do território foi trágica para o país. Basta ver o que se passa nas hortas da Caparica.

Apesar disso defende a regionalização. Acredita que iria melhorar as competências das autoridades regionais?
Conforme... se for feita com base no costume, na cultura e na realidade das relações humanas actuais, na história e na memória, óptima regionalização. Se for feita com base aritmética, de votos ou de números, não.

Ajudou a fundar o Partido Popular Monárquico (PPM), uma formação que obteve menos de 1% dos votos nas últimas eleições legislativas.
Sim, mas já não tenho nada a ver com esse partido. Aquilo foi ocupado por um grupo de pessoas que arranjaram uma assembleia e a comunicação social achou que aquilo é que era o PPM. Toda a gente que era do PPM saiu...

Os históricos?
Não, os que eram. O Luís Coimbra, o Henrique Ruas, que já morreu, eu... Não aceitávamos a criação de um partido exclusivamente monárquico. Ao PPM do antigamente deve-se toda a organização do território. Quem é que inventou a RAN? Quem é que estabeleceu a REN? Quem formou os planos regionais de ordenamento do território [PROT]? Todas estas leis foram feitas pelo PPM em 1983, no oitavo governo com o [primeiro- -ministro de então, Francisco Pinto] Balsemão. Aquilo acabou, agora são uns fulanos.

Ainda acredita que a monarquia faz sentido em Portugal?
Sem a monarquia, Portugal desaparece.

Depois do PPM participou na fundação do Partido da Terra (MPT), que também conseguiu menos de 1% dos votos...
A culpa é do mercantilismo das autarquias, que resolveram usar o território como mercadoria só para quem quisesse construir. E portanto temos o país todo construído, e a maior parte das casas estão vazias...

O mercantilismo não explica o insucesso do MPT.
Ai explica, perfeitamente!

E explica o sucesso do Bloco de Esquerda (BE)?
O BE cresceu mas não derrotou o mercantilismo.

Diz que a fragmentação é o maior problema do actual Ministério do Ambiente. Pode explicar melhor?
O que devia haver era um Ministério do Ordenamento da Paisagem.

Pode identificar as áreas em que o ministério está a falhar mais?
Ordenamento do território. Destruição dos melhores solos de cultura agrícola. Protecção à monocultura industrial de pinheiro bravo e eucalipto. Basta ver a lei que saiu agora que diz que a madeira passou a ser produto agrícola. É uma forma de conceder os melhores solos, os da primeira classe da RAN, aos eucaliptos. Isto é criminoso. Quer pior que isto? Outra coisa indecente são os PIN [Projectos de Interesse Nacional], que podem passar por cima de toda a legislação sobre o território."

Fonte e imagem:

Edible City


(Clicar na imagem para ver um pequeno vídeo sobre o projecto)


"About this project
Hidden between buildings and across networks of backyards, germinating in classrooms and sprouting up in city centers, a grassroots movement is thriving in the Bay Area . . .
Edible City is the forthcoming documentary from East Bay Pictures, following the stories of folks who are digging their hands into the dirt, fighting for sustainability and social justice by doing something truly revolutionary: growing a local food system.
Now is the time to tell this story about real people making real change! Edible City will provoke critical thought, further the dialogue surrounding food and our food system, and inspire audiences to action."

Fonte:
http://www.kickstarter.com/projects/andrewhasse/edible-city-faces-of-the-food-revolution

E se o aqueduto fosse usado como pista para bicicletas?

in Jornal Público,
07.08.2009, Inês Boaventura

"A fragmentação da intervenção, entre Sete Rios, Praça de Espanha e Entrecampos, foi desafio a vencer, tal como os domínios do automóvel

A utilização do Aqueduto das Águas Livres como pista ciclável, a criação de acessos mecânicos à zona de Campolide, o surgimento de hortas urbanas em socalcos entre o Parque Eduardo VII e Monsanto e o estabelecimento de uma ligação entre o parque florestal e a área do aeroporto através de um conjunto de pontos verdes foram algumas das propostas ontem apresentadas, em Lisboa, por um conjunto de estudantes italianos e espanhóis, no âmbito do Master em Arquitectura Paisagista.
No seminário Refazer Paisagens. O Vale Central de Lisboa, cerca de 30 jovens diplomados em Arquitectura e Arquitectura Paisagista estudaram e apresentaram soluções urbanísticas para a área de Sete Rios, Praça de Espanha, Bairro Azul e Entrecampos. O Plano Director Municipal e outros planos urbanísticos em preparação para aquela zona de Lisboa foram a principal matéria-prima para um projecto que se prolongou durante 11 dias.
Divididos em seis grupos de trabalho, e orientados por professores de várias nacionalidades e de áreas diversas como o Urbanismo, Paisagismo, Ecologia, Engenharia e Botânica, os estudantes estrangeiros deram ontem a conhecer as suas propostas. Antonio Angelillo, do Centro Italiano de Arquitectura e responsável pelo seminário, frisou que "o objectivo não era apresentar um elenco de projectos de arquitectura", mas sim "sugestões" sobre as quais a Câmara de Lisboa possa reflectir.
No capítulo da mobilidade, defendeu-se a aposta na criação de um conjunto de vias dedicadas e equipamentos que ofereçam aos lisboetas a possibilidade de recorrer à bicicleta como meio de transporte quotidiano. Nesse sentido, o Aqueduto das Águas Livres poderia ser usado como pista ciclável e em Sete Rios, em frente ao Jardim Zoológico, poderia nascer um parque consagrado ao aluguer e estacionamento de bicicletas.
Para vencer o problema de diferença de cotas ao longo da zona de intervenção, propôs-se a instalação de acessos mecânicos, como elevadores ou ascensores, na zona de Campolide. Um outro grupo de trabalho sugeriu a renaturalização de linhas de água e a recriação de antigos caminhos históricos como forma de unir um território fragmentado, que os estudantes definiram como um puzzle cujas peças não encaixam.
A intenção do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles de unir o Parque Eduardo VII a Monsanto foi ontem repescada, tendo um grupo de alunos lançado a ideia de ao longo do percurso haver socalcos, nos quais nascessem pequenas hortas resguardadas por espaços verdes mais comuns em meio urbano. A entrada no parque florestal seria assinalada com um objecto que simbolizaria uma porta, junto ao qual haveria estacionamento para carros, autocarros e bicicletas.
Partindo do facto inegável de que Lisboa vem assistindo a um desenvolvimento das infra-estruturas viárias e de transporte público que não tem sido acompanhado pelo das "infra-estruturas ecológicas", um dos grupos de trabalho tentou arranjar uma forma de estabelecer uma relação "porosa" entre esses elementos. Para tal, tipificou um conjunto de pontos verdes, como bacias de retenção da água e zonas relvadas ou arborizadas, com os quais propôs que se pontuasse a faixa entre Monsanto e a área do aeroporto, criando entre elas uma união, embora não um contínuo.
A possibilidade de Sete Rios se afirmar como um bairro com identidade própria foi abordada pelo último dos seis grupos de trabalho, que mencionou a hipótese de o centro de congressos projectado para a Praça de Espanha se deslocar para junto da linha de caminho-de-ferro."

Fonte:
http://jornal.publico.clix.pt/