Há uma vasta minoria a pedalar por Lisboa

 in Jornal Público - Suplemento Fugas, por João Quarenta

"Colinas são só sete, mas dificuldades para pedalar por Lisboa parecem ser milhares, tal como sucede noutras cidades portuguesas de outros modos. Ou não? João Quarenta, ele próprio um aficionado da bicicleta, foi conversar com outros moradores de Lisboa habituados a pedalar pelas colinas e mostra aqui as conclusões e dicas. Para o dia-a-dia ou para um turismo diferente pela cidade.
Andar de bicicleta por Lisboa é percepcionado como algo perigoso ou só para “os mais corajosos”. Não é uma prática aceite e compreendida nem facilitada, como acontece já na grande maioria das cidades europeias. Mas a verdade é que se trata, em alguma parte, de um mito! A bicicleta é o meu meio de transporte há mais de oito anos e, acima de tudo, é uma das minhas grandes paixões. O vídeo pretende também levar a que mais gente se junte a esta "vasta minoria" que usa a bicicleta. Uma proposta para descobrir a cidade, o desporto e mobilidade de outra maneira.
Massa Crí­tica
Trata-se da designação de uma comunidade que passeia pela cidade em conjunto, utilizando "modos de transporte suave". Realiza-se na última sexta-feira de cada mês, por volta das 18h00, em várias cidades. No dia 24 de Junho decorre uma "bicicletada" em Aveiro, Braga, Coimbra, Guimarães, Lisboa, Porto, Sines e Seixal. Mais informações no site Massa Crítica.
Já a Cicloficina é um projecto dedicado a "ferramentas para a promoção do uso quotidiano da bicicleta"."

little movie about a ticket i got for riding my bike not in the bike lane

CICLOFICINA - Todas as Quartas-feiras


"Passa a haver Cicloficina semanalmente em Lisboa, a partir já desta quarta-feira dia 23. Será todas as quartas na Rua Regueirão dos Anjos 69, nas traseiras do Banco de Portugal (Metro Anjos), das 19h às 23h.
A Cicloficina é uma oficina gratuita de bicicletas, organizada por voluntários, onde todos são bem-vindos para tirar dúvidas sobre mecânica, sobre bicicletas em geral, e mais importante de tudo para reparações de bicicletas gratuitas! Quem organiza as cicloficinas está equipado com todo o material necessário para reparar bicicletas, mas se forem necessárias peças novas, terão de ser os ciclistas a trazê-las."
 
Cicloficina:

Fonte e imagem:

As Áfricas de Adjaye

in Jornal Público, 18.05.2011
Por Alexandra Prado Coelho
 
"Como é que um arquitecto olha para 52 cidades? O que procura nelas? David Adjaye explica o que viu em África
O arquitecto britânico David Adjaye nasceu em 1966 em Dar Es Salaam, na Tanzânia, numa família originária do Gana. Filho de um diplomata, viajou por muitas cidades de África quando era pequeno. Nos últimos dez anos voltou a percorrê-las - ao todo 52 capitais (só não incluiu Mogadíscio, na Somália, cidade demasiado marcada ainda pela guerra e a anarquia) -, fotografando a arquitectura e a estrutura, dos velhos "souks" aos edifícios modernistas, passando pela actual e frenética construção chinesa.
São milhares de fotografias, que podem ser vistas na exposição que inaugura dia 25 no Museu da Cidade, em Lisboa. Numa entrevista telefónica, Adjaye contou ao Ipsílon aonde é que esta busca o conduziu.
O que procurou em cada cidade que visitou em África?
Tento ter o ponto de vista de um visitante e não de alguém com um conhecimento profundo da cidade. Visito a cidade como qualquer outra pessoa, e o que faço geralmente é pedir a um taxista para me levar a todos os bairros, aos sítios públicos. Olho de forma mais específica para a arquitectura civil, a eclesiástica, a governamental, a institucional, e a comercial, que são importantes para ver quais são as agendas económicas do país e como é que  se reflectem na arquitectura.
Uso a mesma abordagem para as zonas residenciais, das classes ricas, da classe média (se houver classe média) e tento perceber como vivem os pobres, onde são os bairros da lata.
Como escolhe o que fotografa?
Faço-o da perspectiva do arquitecto. Nunca fotografo nada para o qual não seja atraído enquanto arquitecto. Tento ser objectivo e não fotografar apenas coisas que me atraiam a um nível emocional. Quero perceber as tipologias de cada sítio. Ao princípio, parece-nos que as cidades têm uma mistura enorme de estilos, mas no fundo são assim tantos. Há padrões que se repetem. Por isso, no início fotografo muito, mas a partir de certa altura começo a procurar categorias. Interessam-me muito as tipologias, de forma mas também de estilo: varandas, materiais, texturas.
São 52 cidades muito diferentes, mas haverá uma identidade africana que as ligue?
O que a exposição quer mostrar é que é um disparate pensar em África como um único sítio. Estamos a falar de um continente, com seis zonas geográficas muito diferentes, e são elas que fazem a identidade de África: o deserto, o Sahel, que é fronteira do deserto, o Magrebe, que são as áreas costeiras do Norte, a floresta que é a parte do coração tropical de África, a savana e pradaria, que são as regiões Este e Sul, e as montanhas e os planaltos. São seis identidades, povos e culturas muito diferentes - e paisagens arquitectónicas também.
Existe não apenas arquitectura diferente mas uma organização das cidades diferente?
Bem, julgo que quando olhamos para a arquitectura vernacular vemos diferentes tipos de organização da cidade. Mas se olharmos para a arquitectura da cidade, e estamos a falar de cidades que não têm mais de 50 anos, ela é essencialmente produto de um modernismo tardio. Nos casos em que as cidades são mais antigas, o colonialismo erradicou qualquer noção de uma cidade africana autêntica. Há um fragmento colonial, e depois há aquilo a que poderíamos chamar o fragmento internacional.
Não quero falar de África como o local de uma arquitectura vernacular verdadeira, mas como o lugar de modernidade radical, porque teve de lutar com todas estas questões, a última das quais foi a China, com a sua agenda de construção de infra-estruturas. Quando se vai para o campo, é muito diferente, aí vê-se arquitectura vernacular e a especificidade de pessoas e de tribos.
As cidades são casos específicos.
Sim, existe uma polaridade: a cidade é muito urbana, e o campo é muito rural. E é isso que é bom no continente, não existe nada entre uma coisa e outra, não há ainda subúrbios em África.
Como é que as pessoas lidam com a influência da China hoje?
Para os africanos, nos últimos 100 anos a modernidade não tem sido uma ficção ou discussão teórica, é uma realidade. Há já várias gerações que a modernidade é a forma de se avançar no mundo. Até a pessoa mais tradicional em África tem uma relação muito positiva com a modernização. Ao contrário do que aconteceu nos processos de industrialização da Europa e dos EUA, em África não houve uma migração do campo para a cidade e uma mudança drástica em duas gerações. As cidades africanas continuam a ter uma forte relação com o campo. Ao contrário do que acontece na Europa, há uma sensação de pertença a um sítio, e uma noção muito sofisticada de modernidade, que permite negociar o modernismo, o pós-modernismo e até o hiper-modernismo, este novo tipo de construção promovida pela China, em que as cidades estão a ser feitas muito depressa, com infra-estruturas e torres.
A modernidade que chegou nos anos 80 foi promovida pelas agências internacionais, pelo FMI, de uma forma um pouco dura e é uma coisa com a qual as pessoas não têm uma relação muito afectiva - é vista como uma arquitectura sem paixão, que surgiu apenas por necessidade. Os chineses, na sua versão de globalização, têm muito mais um lado de parceiros, chegam e querem construir infra-estruturas, mas estão também interessados em explorar os recursos em parcerias com o Governo. Estão aqui para construir o país, não para o ocupar.
Mas em termos do resultado é má arquitectura, ou não?
É do mesmo nível da arquitectura que é feita na China. De uma forma geral, falta em África arquitectura de grande qualidade. Mas eu não lhe chamaria boa ou má - é o que surge quando a economia está em ascensão e se começam a construir infra-estruturas rapidamente. Muitos destes edifícios não durarão muito. Se calhar nem lhe chamaria arquitectura. Será melhor chamar-lhe desenvolvimento.
Esse desenvolvimento não ameaça a relação de que falou, com o campo e as raízes rurais?
Não vejo isso. O que está a acontecer neste processo a que chamo hiper-modernização não é uma criação de subúrbios, é mais uma reconstrução da cidade. Essa relação entre o campo e a cidade foi já firmemente estabelecida - admito que daqui a 50 anos esta possa ser uma conversa muito diferente, mas julgo que estamos ainda muito longe disso. 
Quando há pouco falei numa identidade da cidade africana, estava a pensar nas muitas referências que faz nos textos da exposição ao espaço público, ao mercados, aos "souks"...
Ah, toda a ideia da vida pública em África é completamente diferente. Mesmo comparando com outros climas quentes da Ásia, da Índia, das Caraíbas. Toda a noção do comércio é muito granular, e funciona como um denominador comum entre as pessoas. O comércio acontece não num determinado bairro, mas cruzando fronteiras. Talvez isto tenha a ver com o facto de África ainda não ter desenvolvido uma classe média forte, porque é geralmente a classe média que se retira mais para os subúrbios ou para o interior da célula familiar. O que acontece hoje é que se vêem as pessoas a fazerem tudo na cidade a todo o momento. É fascinante.
E é um factor muito importante para um arquitecto que queira construir em África?
É muito fácil construir em África e ignorar as nuances. A grande questão neste momento não são os grandes temas mas as nuances, que têm um enorme significado para as identidades e a vida que ali se vive. Se se constrói em África e não se é sensível a estas coisas julgo que se perde muito, fica-se reduzido a ideias muito genéricas que são facilmente transformadas. O que acontece em África é que se se tem uma ideia mas não se compreende a sensibilidade do local, a arquitectura será recusada e reutilizada para o que deveria ser em primeiro lugar naquele contexto cultural. Não será usada como o arquitecto planeou. É isso que leva muitos arquitectos ocidentais a dizer 'não compreenderam o meu edifício', quando o que aconteceu foi que eles não compreenderam o contexto.
Os africanos têm uma relação mais descontraída com a arquitectura?
Têm uma relação menos rígida, não tão formal. Tem muito a ver com o clima. Os climas do Norte precisam de alguma formalidade, uma qualidade da forma, enquanto em África há uma relação muito mais horizontal, no sentido em que se tem de jogar com o horizonte, quebrando as fronteiras entre o interior e o exterior. Fazer edifícios como objectos cria esta espécie de troféus, ou formas, que exigem uma sensibilidade diferente que não é a africana.
Diz que não há classe média em África - as construções para habitação são para os muito ricos ou para os muitos pobres.
É o maior desafio para o continente.
Os chineses não estão a construir para a classe média?
Penso que a relação dos chineses com África não tem nada a ver com esse tipo de desenvolvimento, tem mais a ver com infra-estruturas, as estradas, os centros de conferências, os edifícios governamentais. Começa é a haver projectos de construtores africanos que estão a fazer dinheiro e procuram parceiros chineses porque são parcerias mais vantajosas do que com arquitectos europeus ou americanos.
Há espaço para os europeus?
Se olharmos para o PIB de África, esta é hoje uma das zonas com maior crescimento do mundo. Estamos num momento de passagem de uma necessidade de construção de infra-estruturas para a necessidade de arquitectura, de expressão cívica. E acho que os europeus têm alguma vantagem aí - aliás é por isso que os chineses já empregam vários arquitectos europeus.
Deixando agora de lado a questão de África, em que ponto está o seu projecto em Lisboa [a sede do centro cultural África.cont, entre as Janelas Verdes e a 24 de Julho]?
Ainda estamos à espera de conseguir os financiamentos necessários. Julgo que Portugal não está neste momento numa boa situação, mas [os responsáveis da Câmara Municipal de Lisboa] têm sido muito encorajadores - é um projecto para avançar, mas que de momento está em pausa.
A abordagem de Lisboa foi semelhante à que usou nas cidades africanas?
Tenho sempre o mesmo tipo de abordagem, que é a de tentar estar muito imerso e captar as coisas que não são evidentes. Vivi em Portugal [no início dos anos 90 trabalhou com Eduardo Souto de Moura, no Porto] e já conhecia bem Lisboa. Interessava-me essa parte antiga de Lisboa, o grão dessa zona e como ele é importante para a identidade da cidade, e queria fazer um edifício que reforçasse essas qualidades. Daí o projecto ser como um conjunto de fragmentos que compõem um espaço público e não uma grande forma única e unificadora."

Informação sobre a exposição:
http://lisboa-livre.blogspot.com/2011/05/24-de-maio-31-de-julho-2011-exposicao.html

Fonte e imagem:
http://ipsilon.publico.pt/artes/texto.aspx?id=285189

100 Ways to Save The Environment

In Your Home – Conserve Energy
  1. Clean or replace air filters on your air conditioning unit at least once a month.
  2. If you have central air conditioning, do not close vents in unused rooms.
  3. Lower the thermostat on your water heater to 120.
  4. Wrap your water heater in an insulated blanket.
  5. Turn down or shut off your water heater when you will be away for extended periods.
  6. Turn off unneeded lights even when leaving a room for a short time.
  7. Set your refrigerator temperature at 36 to 38 and your freezer at 0 to 5 .
  8. When using an oven, minimize door opening while it is in use; it reduces oven temperature by 25 to 30 every time you open the door.
  9. Clean the lint filter in your dryer after every load so that it uses less energy.
  10. Unplug seldom used appliances.
  11. Use a microwave when- ever you can instead of a conventional oven or stove.
  12. Wash clothes with warm or cold water instead of hot.
  13. Reverse your indoor ceiling fans for summer and winter operations as recommended.
  14. Turn off lights, computers and other appliances when not in use.
  15. Purchase appliances and office equipment with the Energy Star Label; old refridgerators, for example, use up to 50 more electricity than newer models.
  16. Only use electric appliances when you need them.
  17. Use compact fluorescent light bulbs to save money and energy.
  18. Keep your thermostat at 68 in winter and 78 in summer.
  19. Keep your thermostat higher in summer and lower in winter when you are away
  20. Insulate your home as best as you can.
  21. Install weather stripping around all doors and windows.
  22. Shut off electrical equipment in the evening when you leave work.
  23. Plant trees to shade your home.
  24. Shade outside air conditioning units by trees or other means.
  25. Replace old windows with energy efficient ones.
  26. Use cold water instead of warm or hot water when possible.
  27. Connect your outdoor lights to a timer.
  28. Buy green electricity - electricity produced by low - or even zero-pollution facilities (NC Greenpower for North Carolina - www.ncgreenpower.org). In your home-reduce toxicity.
  In Your Home – Reduce Toxicity

  1. Eliminate mercury from your home by purchasing items without mercury, and dispose of items containing mercury at an appropriate drop-off facility when necessary (e.g. old thermometers).
  2. Learn about alternatives to household cleaning items that do not use hazardous chemicals.
  3. Buy the right amount of paint for the job.
  4. Review labels of household cleaners you use. Consider alternatives like baking soda, scouring pads, water or a little more elbow grease.
  5. When no good alternatives exist to a toxic item, find the least amount required for an effective, sanitary result.
  6. If you have an older home, have paint in your home tested for lead. If you have lead-based paint, cover it with wall paper or other material instead of sanding it or burning it off.
  7. Use traps instead of rat and mouse poisons and insect killers.
  8. Have your home tested for radon.
  9. Use cedar chips or aromatic herbs instead of mothballs.

    In Your Yard

  10. Avoid using leaf blowers and other dust-producing equipment.
  11. Use an electric lawn- mower instead of a gas-powered one.
  12. Leave grass clippings on the yard-they decompose and return nutrients to the soil.
  13. Use recycled wood chips as mulch to keep weeds down, retain moisture and prevent erosion.
  14. Use only the required amount of fertilizer.
  15. Minimize pesticide use.
  16. Create a wildlife habitat in your yard.
  17. Water grass early in the morning.
  18. Rent or borrow items like ladders, chain saws, party decorations and others that are seldom used.
  19. Take actions that use non hazardous components (e.g., to ward off pests, plant marigolds in a garden instead of using pesticide).
  20. Put leaves in a compost heap instead of burning them or throwing them away. Yard debris too large for your compost bin should be taken to a yard-debris recycler.
  In Your Office
  1. Copy and print on both sides of paper.
  2. Reuse items like envelopes, folders and paper clips.
  3. Use mailer sheets for interoffice mail instead of an envelope.Use mailer sheets for interoffice mail instead of an envelope.
  4. Set up a bulletin board for memos instead of sending a copy to each employee.
  5. Use e-mail instead of paper correspondence.
  6. Use recycled paper.
  7. Use discarded paper for scrap paper.
  8. Encourage your school and/or company to print documents with soy-based inks, which are less toxic.
  9. Use a ceramic coffee mug instead of a disposable cup.

    Ways To Protect Our Air

  10. Ask your employer to consider flexible work schedules or telecommuting.
  11. Recycle printer cartridges.
  12. Shut off electrical equipment in the evening when you leave work.
  13. Report smoking vehicles to your local air agency.
  14. Don't use your wood stove or fireplace when air quality is poor.
  15. Avoid slow-burning, smoldering fires. They produce the largest amount of pollution.
  16. Burn seasoned wood - it burns cleaner than green wood.
  17. Use solar power for home and water heating.
  18. Use low-VOC or water-based paints, stains, finishes and paint strippers.
  19. Purchase radial tires and keep them properly inflated for your vehicle.
  20. Paint with brushes or rollers instead of using spray paints to minimize harmful emissions.
  21. Ignite charcoal barbecues with an electric probe or other alternative to lighter fluid.
  22. If you use a wood stove, use one sold after 1990. They are required to meet federal emissions standards and are more efficient and cleaner burning.
  23. Walk or ride your bike instead of driving, whenever possible.
  24. Join a carpool or vanpool to get to work.





  Ways to Use Less Water
  1. Check and fix any water leaks.
  2. Install water-saving devices on your faucets and toilets.
  3. Don't wash dishes with the water running continuously.
  4. Wash and dry only full loads of laundry and dishes.
  5. Follow your community's water use restrictions or guidelines.
  6. Install a low-flow shower head.
  7. Replace old toilets with new ones that use a lot less water.
  8. Turn off washing machine's water supply to prevent leaks.

    Ways to Protect Our Water


  9. Revegetate or mulch disturbed soil as soon as possible.
  10. Never dump anything down a storm drain.
  11. Have your septic tank pumped and system inspected regularly.
  12. Check your car for oil or other leaks, and recycle motor oil.
  13. Take your car to a car wash instead of washing it in the driveway.
  14. Learn about your watershed.


    Create Less Trash

  15. Buy items in bulk from loose bins when possible to reduce the packaging wasted.
  16. Avoid products with several layers of packaging when only one is sufficient. About 33 of what we throw away is packaging.
  17. Buy products that you can reuse.
  18. Maintain and repair durable products instead of buying new ones.
  19. Check reports for products that are easily repaired and have low breakdown rates.
  20. Reuse items like bags and containers when possible.
  21. Use cloth napkins instead of paper ones.
  22. Use reusable plates and utensils instead of disposable ones.
  23. Use reusable containers to store food instead of aluminum foil and cling wrap.
  24. Shop with a canvas bag instead of using paper and plastic bags.
  25. Buy rechargeable batteries for devices used frequently.
  26. Reuse packaging cartons and shipping materials. Old newspapers make great packaging material.
  27. Compost your vegetable scraps.
  28. Buy used furniture - there is a surplus of it, and it is much cheaper than new furniture.

Fonte:
http://www.seql.org/100ways.cfm

People unite-give us our (bicycle) chains!

Por Robin Stoot

"Health service reform will have little relevance in the face of the systemic problems arising form our profligate use of fossil fuel energy and the associated overconsumption which underlies the chronic diseases epidemic. Who believes that any health service, however configured, will be able to cope with a population with an obesity prevalence of 40%? 

Another folly of our age is  the present obsession with motivational nudges as the main tool for behaviour change. It's wonderful to hear how painting a fly in the centre of the Schipol pissoir has encouraged men to aim accurately, so minimising the splash of urine onto the surrounding floor. But nudging toward drinking less alcohol, buying better food, using less carbon? Haven’t seen much evidence of success there. Regulations, taking the handle off the broad street pump, banning smoking in public spaces, having to wear seat belts , pricing alcohol effectively,  giving women the vote , recognising the legitimacy of same sex relationships have, on the other hand, well established track records as effective agents for changing behaviour.
Nudging and exhorting may help some to change our behaviours, but will certainly not be effective across the whole. Systemic problems demand systemic solutions.
 
So with a truly alarming burden of disease coming our way, and a woefully ineffectual response to the causes , what can we do?  Are there any systemic solutions? Yes there are. These emerge from our understanding of the determinants of health. Good health is a product of a society in which access to resources and services is more rather than less fair, where income distribution is narrow, where there are numerous networks between people , and where all these are developed within the limits of natures bounty. A shorthand for this happy state is a fair shares society. The systemic response is to insist that every initiative , whether personal, community, workplace , regional, national or international is framed to deliver environmental benefit, and at the same time to narrowing the resource gap, and  enhance networks and community. Good examples of these synergistic , virtuous cycle initiatives, can be found at all levels. Bicycling improves personal and societal health, saves money and  saves carbon. Eating less meat saves money, lives, carbon and the forests which absorb our carbon. Both of these help tackle the systemic problem of obesity. Insulating houses, preferably using locally trained labour and natural resources such as wool, regional investment in the manufacture , production and location  of renewable energy facilities ,and  a global framework to reduce carbon and transfer resources to the poor, so kickstarting the move to a low carbon fair shares global economy, are all examples of the systemic solutions we need. 
 
Moving to this low carbon fair shares societies, in which using human energy for every day acts becomes the norm, not the exception, provides a solution to both our public health and climate change problems. Do we really believe we can nudge ourselves into this low carbon state? Without a financial budgetary constraint, would we be nudged into living within our means? Even if we don’t always succeed in complying , all accept the imposed discipline of living within our financial means as necessary to the smooth running of our lives. We similarly need a carbon discipline, a defined annual entitlement of carbon available to all, reducing to a sustainable level over time, to succeed in averting the interrelated problems of deteriorating health and a deteriorating climate. The regulatory framework is essential, and will enable the flowering of many virtuous cycles of activity. Within the framework we can nudge as much as we like.
 
Chains constrain us, (carbon entitlements), link us and liberate us (bicycling and local production and consumption cycles)- - Give us back our chains."

Fonte:

Local Geographic: A vida inteira num passeio de bicicleta

Por Luísa Roubaud 

"Uma certa manhã, bem cedo, um ciclista perdia-se inexplicavelmente no regresso de uma incursão no campo, próximo do lugar onde habitava. Estávamos no dealbar da Primavera de 2009 e a natureza, depois das chuvas de Inverno, literalmente, explodia. Era Rui Horta, coreógrafo, então com 51 anos, quem pedalava através da semidomesticada planície alentejana; ali se estabelecera com a família, nos arredores de Montemor-o-Novo, após uma década no estrangeiro, para criar O Espaço do Tempo, o centro de pesquisa e criação situado no morro sobranceiro à vila, no quinhentista Convento da Saudação.
Algum tempo depois, o incidente servia de mote a uma esplêndida fábula sobre a existência e as suas vicissitudes. Com um habilíssimo conceito visual (eximiamente apoiado em tecnologias multimédia), um texto a fluir no horizonte alentejano e um intérprete assombroso, Horta realiza uma proeza em Local Geographic: converter as pequenas peripécias e cogitações íntimas daquele episódio, aparentemente trivial,numa performance empolgante e encantatória desde o primeiro instante.
Horta tinha entrevisto nesta peça a solo a ocasião para um regresso ao palco. Porém, aquele ano de 2009-10 estava a ser intenso: preparara duas estreias (Talk Show, em Outubro de 2009, e As Lágrimas de Saladino, em Março de 2010, no Centro Cultural de Belém) e sentia-se exausto. Abalançar-se a dirigir, e ele próprio interpretar, a última peça da trilogia proposta, enquanto artista associado do CCB naquela temporada, não se afigurava uma opção. Não assistiremos, por agora, ao retorno de um Horta sénior à interpretação. Porém, confrontados com a portentosa prestação do bailarino-actor Anton Skrzypiciel, seu alter-ego na peça, cúmplice e companheiro de jornada nas lides artísticas há já duas décadas, dificilmente conceberíamos decisão mais acertada.
Numa madrugada, no início de 2010, o toque do telefone despertava Skrzypiciel: Anton, preciso que te percas por mim”, dizia a voz de Horta do outro lado da linha. Rapidamente perceberemos estar no âmago de Local Geographic um sem-fim de vivências e histórias partilhadas. O título da peça, paráfrase e homenagem à National Geographic, memorável revista sobre natureza e viagens, alude, desde logo, à ideia de uma “geografia local”. Se esta reporta ao espaço físico da excursão de bicicleta, depressa se transformará numa alegoria sobre as deambulações da vida, e na cartografia de uma longa amizade.
É generoso o modo como é exposta a dimensão pessoal e as circunstâncias deste improvável mas duradouro cruzamento: por um insondável conluio do destino, dois cidadãos do mundo, procedentes de cantos opostos do globo, convergiriam em determinada hora e lugar, em Londres, no início da década de 1990. Nessa época, Rui Horta ainda não era o coreógrafo consagrado quando preparava, na capital britânica, audições para a que se tornaria na muito bem-sucedida companhia de dança S.O.A.P. (criada em Frankfurt, em 1991); entre Lisboa e Nova Iorque, desde os finais dos anos 1970, deixava atrás de si uma trajectória relevante no despontar da dança independente portuguesa, então insuflada pelos ventos favoráveis do pós-25 de Abril. Skrzypiciel, por seu turno, rumara de Melbourne à Europa nos anos 1980. Perseguia uma história de amor e levava por diante estudos em dança e artes dramáticas; invertia o trilho percorrido pelos seus ascendentes polacos, emigrados na Austrália no pós-guerra. Quando compareceu àquela audição em Londres, não suporia com isso iniciar um novo ciclo no seu roteiro de viajante incansável.
Mais tarde, sabê-lo-emos na peça, quando já compartiam as andanças coreográficas na taciturna e continental Frankfurt, descobriram uma afinidade: a nostalgia imensa do mar, ancorada na memóriadas respectivas infâncias na costa do Atlântico e do Pacífico, para ambos sinónimo do verbo “desanuviar”, quando a pressão do palco e a clausura das salas de ensaio viravam um sufoco. Num desses períodos, Skrzypiciel retira-se para o mar do sul da China e aí permanecerá durante quatro anos. Lá o descobriremos, corria o ano de 2003. Era outra persona, a ganhar a vida como instrutor de mergulho no Bornéu e na Tailândia, quando foi surpreendido por um e-mail de Horta. A proposta, um curto trabalho em Montemor, revelar-se-ia uma vez mais premonitória: meses depois, a catástrofe do tsunami assolava as paradisíacas ilhas Phi Phi (Tailândia). Uma coisa leva à outra, e três semanas transformaram-se em quase dez anos. Como se diz em português, “por cá foi ficando”. Só pode sentir-se um pouco português quem ouvimos falar assim do vinho alentejano, do aroma a rosmaninho num repasto de borrego, ou do íntimo prazer em regressar ao PicNic, “O rei das bifanas”, um certo cafezinho às portas da vila de Montemor. Contudo, é também o modo de ser português, contido e sinuoso, inventivo e subversor, a ser perscrutado com subtileza por este forasteiro inquieto e temporariamente assimilado, que tão portuguesmente se revela no seu olhar anglófono.
Amiúde, daremos por nós a convocar a literatura de viagens, enquanto acompanhamos as divagações do nosso homem, surgidas de ínfimas ou vastas percepções, físicas e mentais, enquanto pedala através do seu micro-itinerário virtual.
É inspirada a solução dramatúrgica encontrada para este intrincado enredo narrativo com várias escalas de tempo e espaço. Horta gostaria de ter sido arquitecto, e isso era já inteligível em peças anteriores. O conceito plástico e visual de Local é genial: uma projecção em grandes dimensões do Google View iluminará o chão da sala, com a verdejante vista da zona do passeio. Simultaneamente, num ecrã, desfilarão imagens da paisagem alentejana, tal como Skrzypiciel as captou, com uma câmara de vídeo incorporada no capacete de ciclista: primeiro, da auto-estrada, e depois, quando enveredou por atalhos de terra, seguindo as instruções do bloco de notas que lhe fornecera Horta.Em cena, o intérprete habitará um curioso ambiente 3D, algo devedor da estética dos videojogos e da (boa) stand-up comedy, e aí reconstituirá o pequeno périplo, num cativante e meditativo monólogo, revelando-se um prodigioso contador de histórias.
A envolvente cénica está prenhe de indícios de toda a trama: atente-se nos leves apontamentos sonoros; estantes com objectos caseiros; frascos de conserva, uma mesa, copos e uma garrafa de bom vinho da região; uma bicicleta e um baú de viagem opõem a ideia de partida à de uma domesticidade tranquila. Zoom in/zoom out: entre o filme e o google view, avistamos uma charca e um riacho; ou seguimos, num enorme mapa digital, a trajectória do coreógrafo de Portugal para a Alemanha; detemo-nos num monte em ruínas ou numa escola abandonada; divisamos vedações, sinalização, orifícios no solo (vestígios de rastos humanos e da fauna local); uma bifurcação no caminho (como encontrar o caminho de regresso?); flores selvagens e ervas aromáticas. A cada situação, um novo detalhe cénico, sonoro, uma nova ideia visual. Motivos para desfiar memórias e outras reflexões.
A meio do caminho, Skrzypiciel solicita uma consulta à Wikipedia a propósito do sobreiro alentejano (Quercus suber). Numa fracção de segundo, ei-la, disponível, numa enorme projecção a cobrir toda a vista do terreno. É incontornável o meta-comentário: a imediatez da avalanche informativa arrisca esmagar e desviar a experiência directa.
O nosso ciclista heterónimo reencontra-se com uma dimensão sensorial: as nuances da temperatura exterior, os odores, a sede, o esforço e o cansaço físico; o suceder das estações, os ciclos naturais e humanos. As impressões a antecederem qualquer elaboração cognitiva. O corpo ressurge aqui como instrumento primordial de conhecimento do mundo; Local afasta-se, todavia, de uma visão idealizada ou essencialista do homem ou da natureza. A peça é perpassada por um encantamento céptico: esta paisagem amansada é simultaneamente romântica e perversa; no modo como hoje divinizamos a natureza há algo que vai a par da misantropia contemporânea e da falência da fé.
Na criação artística, como no curso da vida, há lances afortunados e conjunções radiosas. Local é, na obra de Horta, um momento de epifania. Há circunstâncias que só se manifestam com a clareza das grandes revelações, quando o que damos por adquirido desaba à nossa volta e nos sentimos perdidos. O que se encontra, perde ou ganha a cada escolha permanecerá um enigma insondável; circular no mundo e o minúsculo movimento de uma erva a crescer são acontecimentos da mesma grandeza. Somos viajantes solitários numa rota desconhecida, e é essa condição, vulnerável e incerta, a inscrever-nos num todo maior. Local é sobre os instantes onde as escala microscópica e macroscópica se fundem, porque ambas tendem para o infinito. Não se trata, porém, de um obscuro exercício metafísico, mas de uma linguagem, cristalina e desafectada, a disparar certeira na nossa direcção; a um tempo, genuinamente contemporânea e intemporal.
Poder-se-ia argumentar estarmos aqui longe da dança. Não obstante, há uma respiração coreográfica a pairar entre imagens e texto, e no exemplar proveito retirado dos dispositivos tecnológicos. Reconhece-se, sobretudo, na relação fluente do corpo com o tempo e o espaço, a mão de um coreógrafo. É magistral a gestão das pausas: entre intérprete e espectadores, uma pulsação única, um jogo entre intimidade e distanciamento, de onde brotam ápices de instantânea filosofia.
No regresso do passeio, já refeito dos incidentes de percurso, Skrzypiciel detém-se a contemplar no ecrã o esplendoroso esvoaçar das cegonhas vigiando os seus ninhos no topo de uns quantos pinheiros. Liga-os a cumplicidade dos viajantes: como elas – vindas, talvez, de uma chaminé em Marraquexe ou de um poste de electricidade na Argélia –, atravessou o mundo até chegar aqui.
Local é sobre o que de universal existe em cada experiência particular, uma celebração das coisas simples e essenciais. Religião significa, etimologicamente, “re-ligar”. Local Geographic é, nesse sentido, uma peça intensamente espiritual."


Próximos Espectáculos:


Texto:
Imagem: